terça-feira, 24 de maio de 2011

Prova VO2 - Desafio Serra de Campos

Segue comentários dos nossos alunos campeões que fizeram a prova no final de semana passado:

MAURICIO CESTARI

Entendo que todos que não logram subir pedalando, me incluo nesta, devem creditar TOTAL responsabilidade ao treinador que não nos preparou adequadamente...he,he,he.

Entendo que participei de um duathlon, foi uma caminhada acompanhada de pedal.

A organização também pisou na bola pois soube que faltou água para os últimos, nesta me excluo...por sorte.

Não preciso participar de outro desafio neste percurso, não me trouxe nenhuma satisfação, é um percurso muito sofrido.

Se preciso de alguma coisa? Sim, um descanso de uns três meses...fiz em 03h17min., foi esforço uma maratona.


KAMILLA PONTES

A prova foi muito dura mas bastante interessante. Deu para ver o tamanho da encrenca...

Consegui finalizar sem empurrar a bike em 2:27! Fiquei feliz com o resultado dos treinos.

Levei uma queda logo na primeira subida pois embolou e muitos foram parando e a pessoa logo a minha frente caiu e nao teve como desviar. consegui voltar e segui em frente...



Queríamos felicitar a todos os nossos alunos que participaram da prova!!! Vamos em frente, em busca de mais desafios!!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Psicologia esportiva e as lesões

Depreende-se da Psicofisiologia do Esporte e do Exercício que o ato de correr de forma contínua e constante favorece a diminuição dos níveis de estresse e, por conseguinte, desacelera os níveis de cortisol e é liberada endorfina na corrente sanguínea. Assim, durante a prática da referida modalidade, sente-se bioquimicamente e psicologicamente uma sensação de êxtase total e de completo bem-estar.

Conforme o exposto anteriormente, a sensação de prazer que é despertada pelo ato de correr faz com que, muitas vezes, praticantes desta modalidade esportiva excedam em seus treinos e em suas competições, ocasionando o overtraining e, em alguns casos, o burnout (distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso). Com isso, o que geralmente acontece é um acúmulo de ácido lático nos músculos, dores intensas, e possíveis lesões esportivas.

Mas, quando isso acontece, o que se deve fazer?

Quando se diagnostica que o atleta, seja ele amador ou de elite, apresenta sintomas de burnout, o que se verifica é que há uma “saturação emocional do atleta devido à sobrecarga física e mental, que é considerado um estado avançado da síndrome de overtraining”(Samulski, 2009).

Com toda esta sintomatologia, o praticante de corrida acaba tendo um efeito contrário em seu rendimento esportivo, uma vez que seu nível de desempenho na atividade tenderá a reduzir, podendo além disso sofrer lesões esportivas importantes.

Quando se está acometido por algum tipo de lesão física proveniente do excesso ou do próprio desgaste físico dos treinamentos e competições, o atleta deverá parar com suas atividades até que se recupere e se restabeleça. E o que se deve fazer, primeiramente, é consultar um médico do esporte para que, juntos (médico e atleta), encontrem a melhor maneira de se fazer uma reabilitação adequada ao caso.

É válido ressaltar que uma lesão física não surge isoladamente, ou seja, uma lesão física também costuma vir acompanhada de uma lesão emocional, uma vez que o atleta estará obrigado a parar todo seu treino e sua rotina esportiva em prol de sua pronta e eficaz recuperação.

Com isso, as principais reações psicológicas são sentimento de raiva, impotência, tristeza, medo,fadiga, incredulidade, negação, baixo auto-estima e, em alguns casos, depressão. Assim, é salutar que o atleta procure um psicólogo do esporte, uma vez que somente este profissional é capacitado para manejar os aspectos físicos e psicológicos de uma lesão.

Uma técnica comumente utilizada para atletas de alto rendimento é o “treinamento mental ou visualização”, associado ao processo terapêutico tradicional. Esta técnica permite que, ao se visualizar o processo de cura com sucesso, se reduza as expressões fisiológicas e verbais de medo e de dor por meio do envio de sangue à área lesionada e, por conseguinte, o processo de cura seja mais rápido.

Por Daniela Lago Chaves Koerbel - Revista O2 por Minuto
http://o2porminuto.uol.com.br/

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Corrida na terceira idade

Veja como a atividade física pode ser benéfica e adequada para quem já passou dos 60 anos


Com o aumento dos participantes da melhor idade (terceira idade) em provas de 5Km, 10Km e maratonas, além de outras atividades esportivas, é importante algumas considerações sobre a fisiologia dessas pessoas, que certamente estão cada vez mais saudáveis por estarem praticando esportes.

A população idosa vem aumentando consideravelmente e a atividade física regular associada ao envelhecimento surge como um importante meio de prevenção de lesões, e promoção de saúde para esta população.

À medida que os anos passam, tendemos a ir alterando nossos hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupação pouco ativas. Os efeitos dessa redução da atividade são muito sérios. Entretanto, com a atividade física regular, pode-se amenizar a velocidade com que as modificações naturais surgem.

Está comprovado que quanto mais ativa é uma pessoa, menos limitações físicas ela tem. Dentre os inúmeros benefícios que a prática de exercícios físicos promove, um dos principais é a proteção da capacidade para a realização das atividades do cotidiano ou atividades da vida diária, além de:

• Prevenir o desenvolvimento de diabetes.
• Redução dos níveis de triglicérides.
• Redução do percentual de gordura corporal.
• Redução das alterações cardiovasculares e pulmonares.
• Redução dos riscos de trombose.
• Aumento na capacidade física, elasticidade e equilíbrio, coordenação motora e conscientização corporal diminuindo o risco de quedas.
• Auxilio na prevenção e no tratamento da osteoporose.
• Diminuição de dores articulares
• Melhora na imunidade, que pode diminuir a incidência de infecções.
• Efeitos benéficos sobre a pressão arterial sistêmica.
• Redução do risco de doença coronariana e morte.
• Atividade física facilita a interrupção do tabagismo
• Prevenir o ganho de peso.
• Prevenção ou retardo do declínio cognitivo.
• Maior independência para realização de atividades diárias;
• Melhora da auto-estima e da autoconfiança;
• Reduz problemas psicológicos, como ansiedade e depressão
• Significativa melhora da qualidade de vida.

O tipo de exercício físico mais recomendado para pessoas acima de 60 anos no passado era o aeróbio, pelos seus efeitos no sistema cardiovascular e benefícios psicológicos. Este tipo exercício, juntamente ao alongamento, ainda se mantém entre os mais indicados e procurados nesta faixa etária enquanto exercícios de força entram em declínio. Entretanto, é necessário destacar a importância dos exercícios de força para a manutenção da força muscular, do equilíbrio, agilidade e capacidade funcional.
A prática regular da atividade física apresenta inúmeros benefícios, porém, alguns riscos devem ser considerados, sendo a avaliação clínica, levando em consideração as alterações próprias da idade, fundamental para que os benefícios sejam maximizados e os possíveis riscos minimizados.

Qualquer indivíduo que apresente qualquer alteração de pressão arterial ou função cardiorrespiratória necessariamente precisa se submeter a um exame médico geral antes de iniciar qualquer programa de atividade física. Recomenda-se também uma avaliação cinética-funcional completa dando-se maior destaque para a força muscular, equilíbrio, postura, condições articulares, avaliação da capacidade aeróbica, além de aspectos nutricionais e nível de hidratação.

Um programa de exercícios deve constar de aquecimento, alongamento, atividades aeróbicas e período de recuperação. O primeiro e o último períodos devem ter duração média de 20 minutos já que a pressão arterial e o nível de respiração retornam à níveis estáveis lentamente. Lembrando que a atividade deve se iniciar com esforço mínimo e progredi de forma lenta. Usar o material esportivo adequado a atividade escolhida também é muito importante. Calçados e roupas inadequados podem prejudicar a performance. Não esqueça de se hidratar e usar protetor solar.

A escolha da atividade é feita individualmente, levando-se em conta a preferência pessoal, pois não adianta fazer uma atividade que não se sinta bem praticando; a aptidão necessária, já que algumas atividades dependem de habilidades específicas e o risco associado à atividade, visto que alguns exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos.

É importante que você que tem mais de 60 anos se conscientize de que a atividade física é muito importante para seu cotidiano, pois colabora com sua saúde, agindo sobre o envelhecimento, e evitando muitas vezes a sua limitação funcional.

O envelhecimento para muitos é visto como o fim da vida, em que a pessoa idosa não tem mais condições de realizar com firmeza as tarefas que sempre executou, mas, pelo contrário, os idosos ainda têm muita vontade de viver, só lhes falta a oportunidade para isso, e através da atividade física essas pessoas podem mostrar ainda que são capazes de muito mais.


Por Revista O2 Por Minuto
http://o2porminuto.uol.com.br/

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para que servem as “palmilhas” nos atletas?

Um novo conceito de prescrição e confecção de palmilhas utiliza os princípios da Podoposturologia e da neurofisiologia da postura humana. As Palmilhas Posturais são confeccionadas a fim de realizar uma reprogramação postural por meio de elementos ou barras de EVA que serão dispostas em lugares estratégicos para reduzir o pico de pressão e distribuir a força de reação ao solo por toda a região plantar.

Tenho visto diariamente em minha prática, o uso e a indicação indiscriminada de palmilhas, sendo que muitas vezes, a correção do gesto esportivo, fortalecimento muscular e alongamentos musculares ajudam demais ao invés de se prescrever a palmilha.

Outro fator é a indicação correta do tênis para prática esportiva. Hoje temos tecnologias para quaisquer tipos de pisada e peso do atleta, por exemplo. Sendo assim, creio que a utilização da palmilha não seja necessária nestes casos.

Quando indicar? Em casos de patologias já instaladas e que o tratamento conservador não tenha tido efeito, como por exemplo fasciites plantares (dor na planta do pé), esporão de calcâneo, fraturas por stress em tíbia e metatarsos. Vejo nestes casos uma melhora quando feita em conjunto com a fisioterapia.



David Homsi - Consultor Webrun da seção Fisioterapia. Ministra cursos e palestras em diversas universidades e congressos no Brasil. Fisioterapeuta com experiência internacional e especialista em fisioterapia esportiva pela Sonafe (Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva) e FMU, além de ser mestrando em Ciências da Reabilitação. Professor da pós-graduação da FAGAMMON em reabilitação músculo esquelética esportiva. Hoje está na equipe de medicina esportiva Dr. Osmar de Oliveira. Site: www.davidhomsi.com.br