terça-feira, 29 de março de 2011

Respirar é preciso

“Movimento involuntário mexe tanto com a movimentação da corrida quanto do respirar”.

Inspirar e expirar. Automático, o movimento da respiração quase não é notado. Apenas fazemos. Mas controlar esse ato involuntário pode ser um problema durante a corrida, principalmente para os iniciantes. Na verdade, o mais importante é que durante a corrida o atleta deixe a respiração o mais natural possível, não tentando ritmá-la com as passadas, que é um grande erro. José Kawazoe Lazzoli, médico especializado em medicina do esporte, acredita que uma das grandes causas do baixo rendimento dos atletas em provas ou treinos é quando se respira pela boca. “A inspiração pela boca acaba ressecando as vias aéreas. Além disso, o nariz possui uma espécie de ‘filtro’ para impurezas maiores do ar inspirado. Com isso a respiração fica mais difícil”, alerta.

BOCA ABERTA OU FECHADA
A verdade: não existe regra ou base científica que diga como deve ser a respiração, de boca aberta ou fechada. Quando recebemos uma orientação que corrige a nossa respiração, podemos estar atrapalhando o sistema regulador. Este tem um centro de controle no cérebro que recebe informações detectadas por receptores sensíveis às variáveis que a respiração controla.

DOR DO LADO
Também conhecida como “dor no flanco”, ela aparece no hipocôndrio – parte baixa do abdome –, na região do fígado, logo abaixo das últimas costelas do lado direito (e, raramente, no esquerdo). Surge sempre como uma dor intensa e aguda no decorrer de exercícios, principalmente durante a corrida e natação. “Essa dor se deve a uma momentânea falta de oxigênio no diafragma (importante músculo que é essencial para a respiração) ou a uma distensão nos ligamentos suspensores do fígado”, explica Flávio Freire, diretor técnico da Flávio Freire Assessoria Esportiva. Quando o corredor sente a dor, sua primeira reação é parar, mas não é necessário suspender o treino. Basta diminuir a intensidade da corrida que a dor desaparece e pouco tempo, permitindo que se retorne ao ritmo anterior.

Por Revista O2 – março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Entrevista com Fernando Pessoa: DORES DE TREINO

Quais são as causas dessas dores de inicio de treinamento?

Em relação ao iniciante, podemos entender que essas dores são decorrentes de “micro” rupturas nas fibras musculares envolvidas no esforço. A adaptação da musculatura ao esforço faz com que essas dores desapareçam com a sequência dos treinos.

Geralmente, os iniciantes quando sentem essas dores, costumam interromper os treinamentos. Isso é certo ou errado?

Errado, pois devemos dar continuidade ao trabalho, porém de uma forma menos intensa, e assim adquirir o condicionamento e adaptação geral ao exercício.


Como evitar essas dores pós-treino?

Conhecendo os limites do praticante (através de testes físicos e avaliação médica), podemos identificar o que poderá ser um treino de baixa, média ou alta intensidade. No caso do iniciante, o primeiro ciclo de treinos será na baixa intensidade sempre.

Quais são os cuidados que um iniciante precisa ter para evitar essas dores?

O praticante de qualquer atividade física sempre deve passar inicialmente por consulta médica, realizar exames clínicos e avaliação física.
O passo seguinte será o de consultar um profissional de Educação Física para organizar e quantificar o seu programa de treinamento. Deve-se respeitar a individualidade de cada um e começar de forma leve e gradativa para se obter os melhores resultados.

Fique a vontade para fazer alguma consideração sobre o tema. Algo que gostaria de citar e não foi perguntado.

A corrida de rua atingiu patamares nunca antes imaginados no que se diz respeito ao número de praticantes, divulgação, quantidade de provas e tudo mais que envolve o mundo das corridas de rua. Portanto, novos grupos de amigos, assessorias especializadas, viagens para locais distantes em busca de provas e, principalmente, atingir metas pessoais, são os efeitos que essa modalidade proporciona aos praticantes. Em outras palavras, uma febre!

Hoje em dia, deparamos com situações que fogem ao controle do professor pois muitas pessoas sentem-se verdadeiros atletas de competição e arriscam-se em treinos ou provas que não condizem com sua realidade físico e/ou emocional. Devemos tomar cuidado e não sermos precipitados pois o corpo tem limites e eles devem ser sempre respeitados. Ouça seu treinador/professor e seja ponderado!

Bons treinos, boas provas!!!!!!

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 24 de março de 2011

Depoimento por Bia Neres: prova de triathlon que mais gostou!

A prova que mais gostei de fazer foi o meu primeiro olímpico: 1.5K natação; 40k bike e 10K corrida.

Esta prova, patrocinada pela Federação Paulista de Triathlon, ocorreu em Brotas em dezembro de 2010. A Federação chamou os 70 melhores atletas (amadores) de todo o Brasil para participar do evento.

Considero como a melhor prova, pois, além de ter sido um desafio (dobrar as distâncias de prova que fazia anteriormente), foi uma superação encarar um pedal com 20 K de subida muito íngreme, fechando com uma corrida de 10K forte. O dia estava muito quente e conquistei a segunda colocação.

A experiência de saber que poderia SIM terminar uma prova mais longa e com maoires desafios me fez criar novas metas e um objetivo muito maior: Olimpíadas 2016!!!!!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

MUSCULAÇÃO X CORRIDA

Não é mais novidade que a corrida de rua atingiu patamares até então inimagináveis. Muitos são os praticantes e muitos são os objetivos também. Porém, o que pouca gente sabe é que existe uma ferramenta comum à todos e que pode ajudar-nos a atingir nossos objetivos de uma forma a minimizar problemas decorrentes da prática da atividade física: a musculação.

Quando praticamos qualquer atividade física, solicitamos trabalho muscular. Trabalho esse que envolve também articulações, tendões e ligamentos. Esse conjunto de ações precisa se desenvolver de modo que não ocorra prejuízo para nenhum componente. A musculação passa a ter, portanto, papel fundamental ajudando à fortalecer a massa muscular para que ocorra uma melhor qualidade de contração e “proteção” para as articulações, os tendões e os ligamentos evitando que esses recebam uma carga de trabalho maior do que deveria.

Quando aumentamos a massa muscular (também conhecida como a massa magra) melhoramos a capacidade do músculo em armazenar energia e consequentemente melhoramos a captação de oxigênio e assim, melhor performance.

A musculação pode também melhorar a mecânica do movimento, uma vez que com mais oxigênio na musculatura, podemos executar os movimentos específicos da corrida com mais economia. Isso também explica o fato de que não podemos nos prender naquela falsa idéia de que a musculação deixa o corredor mais “lento”.

Outro fator muito importante da musculação: prevenção de lesões. Sabemos que musculatura fortalecida suporta cargas e estímulos mais intensos evitando contraturas musculares, estiramentos, torções em articulações ou sobrecarga nos tendões e ligamentos.

Quanto às sessões de treino, podemos fazer a musculação em qualquer lugar e com vários tipos de equipamentos. Podemos também dispor de todo tipo de tempo para a sessão de 15 minutos até 1 hora, por exemplo.

A carga deverá ser sempre prescrita por um profissional de Educação Física que quantificará o percentual da carga, que normalmente fica entre 50 e 60% da carga máxima (é a maior carga que conseguimos executar em 1 repetição) e também utiliza-se entre 3 e 4 séries de 20 repetições com intervalos de 1 entre cada série.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

terça-feira, 22 de março de 2011

Entrevista com Bia Neres!!

A mais nova aluna da RACE, a triatleta Bia Neres, que no começo de 2011 participou da prova Internacional de Triathlon em Santos e conquistou a primeira colocação no geral feminino amador, sendo a quinta melhor colocada na categoria profissional, com um tempo de 2 horas e 16 minutos, contou para a RACE algumas curiosidades sobre sua carreira.


A quanto tempo pratica o triathlon?
10 meses.

Qual foi o motivo que te levou a fazer triathlon?
União de três esportes que desafiam o corpo e a mente. Vontade de me superar em cada uma das modalidades.

Como é a sua rotina de treinamento? Quantas vezes por semana, quantas horas por dia? Como você fez a divisão dos esportes que pratica em cada dia?
Treino de segunda a sábado, divididos em segunda (natação e corrida) terça (pedal, musculação e natação) quarta (natação, corrida, os dois tiros) quinta (pedal, musculação e natação) sexta( musculação, corrida e natação) sábados (transição, os três).
Treino em média 4 horas ao dia, divididos em manhã e noite.

Em qual modalidade que você se considera mais forte? E mais fraca?
Modalidade mais forte: corrida; mais fraca: pedal.

Como você vê o triathlon no Brasil?
Fraco comparando mundialmente e com grandes oportunidades no feminino. O masculino é mais competitivo e com um melhor nível mundial.

Quantas provas você participa por mês?
Uma ou duas no máximo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

CORRIDA X FUMO

Benefícios da corrida:

• Recupera o fôlego e a capacidade física
• Ajuda a manter o peso ideal
• Muito mais saúde e disposição para o cotidiano
• Oxigena pulmões e sangue
• Alivia o estresse e a ansiedade
• Melhora o desemprenho profissional
• Melhora o desempenho sexual
• Desvia atenção do desejo de fumar
• Evita recaídas para voltar a fumar

A partir do instante que parar de fumar:

• Após 20 minutos: a pressão arterial e a pulsação voltam ao normal
• Após 2 horas: a nicotina não circula mais no sangue
• Após 8 horas: o nível de oxigênio no sangue se normaliza
• Após 2 dias: melhora do olfato para os odores e do paladar para o sabor
• Após 3 semanas: a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora
• Após 5 a 10 anos: o risco de infarto é igual ao de quem nunca fumou
• Após 20 anos: o risco de câncer de pulmão é igual ao de quem nunca fumou

Dicas para parar de fumar:

• Praticar atividades físicas prazerosas e esportes em vez de fumar
• Alertas pessoas próximas. Jogue fora maços, cinzeiros, isqueiros, fósforos
• Não desistir na primeira tentativa, mas se preparar para os primeiros dias
• Fumantes precisam de ajuda médica, tratamento químico e psicológico
• Cuidado com café, álcool, horários de fissura e companhia de fumantes
• Ter sempre por perto: água gelada, legumes e frutas cruas
• Escovar os dentes imediatamente após as refeições

Fonte: Revista O2 - #95 março/2011

sábado, 12 de março de 2011

Carnaval acabou...e agora?

Após o descanso (ou muita folia) no feriadão, você deve estar se olhando no espelho e pensando: comportei-me bem (nutricionalmente falando, claro! rsrs) e continuarei firme com minha dieta e treinos, com muita disposição e energia. PARABÉNS!!! Você já aprendeu quais são as melhores escolhas, sabe o valor disso, sabe fazer suas compensações e percebe quando vale à pena sair um pouco da dieta. Ou você está quase arrancando seus cabelos (para alguns homens, o que restam!) e um pouco desanimado para retomar a rotina alimentar e de treinamento de antes do feriado.

Se você optou pela folia gastronômica, primeiro: muita calma!!! Nem tudo está perdido e nunca é tarde pra Recomeçar. Retome com suas refeições equilibradas, pense em tomar logo cedo um belo suchá gelado destoxificante, à base de frutas como manga, limão, lima da Pérsia, associado com um chá gelado (já preparado com lasca de raiz de gengibre, canela, alguns cravos…) feito a partir de chá verde ou branco, salsaparrilha ou alcachofra com chá de quebra pedra. E não deixe de usar um cubo de gelo de couve, para dar uma otimizada na limpeza do fígado e melhorar o processo digestivo. Rico em vitaminas, sais minerais e compostos que ajudam a desintoxicar e desinchar, só não vale colocar açúcar ou adoçante no suchá!

Farinha de semente de linhaça dourada pode ser adicionada no feijão/lentilha na hora do almoço, sempre combinando com sua porção de arroz integral ou quinua. O prato, que ficará mais rico em fibras e gordura do tipo ômega-3, ajudará a varrer as toxinas acumuladas do período de orgia alimentar. Brócolis, couve flor, repolho (já experimentou repolho roxo com branco levemente refogado com cenoura ralada e uva passa escura?) e outras crucíferas ajudarão na limpeza do fígado também, além de serem boa fonte de fibras e de outros nutrientes importantes para garantir saúde do organismo como um todo.

Se você abusou demais das frituras nas praias ou pra onde quer que tenha ido, PARE tudo imediatamente e volte com seus grelhados, assados, cozidos, e evite os molhos e queijos gordurosos.

A sensação de inchaço pode ser corrigida tomando muita água ao longo do dia, e diminuindo a adição de sal às preparações. E lembre-se: sucos em pó, shoyo, sopas de saquinho, alguns tipos de comida congelada e refrigerantes (mesmo os light/diet/zero) podem carregar uma quantidade muito grande de sódio (mineral do sal que causa retenção de liquido e que, em excesso, leva á hipertensão, celulite, afeeee).

A privação do sono pode despencar seu sistema imune, levar à queda na performance física e mental, e ainda aumentar muito o apetite! Primeiro: corrija isso com boas horas de sono e capriche em temperos como alho, cebola e gengibre para manter sua imunidade, e tome um chá de camomila com passiflora antes de deitar.

Continue com seu fracionamento alimentar, mastigue muito bem os alimentos para garantir boa digestão e absorção de nutrientes e retome com otimismo à rotina alimentar e de exercícios.

E que a animação do feriado possa trazer mais otimismo para continuar firme com a dieta, focando sempre nos objetivos que você tem em mente.

Consulte sempre seu Nutricionista para uma orientação alimentar individualizada. Essas dicas não substituem uma consulta com o profissional que te acompanha, ok?

*Nutricionista paulistana formada em 2001, Priscila Di Ciero é especialista em nutrição esportiva, com cursos de extensão em nutrição funcional, estética e suplementação. É membro do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira. Atualmente, presta consultoria a restaurantes, escolas e empresas, além de atender em consultório e, quando necessário, nas residências dos clientes. Acesse o site: www.prisciladiciero.com.br

Por: O2 por Minuto - http://o2porminuto.uol.com.br/

quinta-feira, 3 de março de 2011

A grande questão sobre o glúten: adotar uma dieta livre de glúten ou não?

Ficar ou não sem glúten, eis a questão. Para muitas pessoas, esta parece ser a pergunta do momento. Todos nós já vimos artigos sobre dietas livres de glúten e flúten e, como nutricionistas do esporte, esta pergunta nos é feita a todo momento – eu deveria entrar em uma dieta livre de glúten? É mais saudável, meu desempenho melhorará, etc.?

Para algumas pessoas, um estilo de vida no qual se adota uma dieta livre de glúten é uma necessidade. Pessoas que possuem certa condição médica, alguns tipos de alergias, uma intolerância, ou alguma outra condição que o impeça de comer glúten obviamente necessitam evitá-lo para permanecerem saudáveis ou evitar desconfortos. Entretanto, a adoção de uma alimentação sem glúten foi estabelecido por alguns como uma opção mais saudável, ou uma solução para perder peso, e isto tem levado muitas pessoas a tentarem a adotar este estilo de vida. As grandes questões são se adotar um estilo de vida sem glúten é, de fato, mais saudável; se é um plano de nutrição eficaz para um atleta ; e se é um meio eficaz para se perder peso.

Como em diversos tópicos sobre nutrição humana, a resposta é simultaneamente sim e não. No entanto, o aumento da popularidade de estilos de vida livres de glúten foi ótimo para pessoas que possuem razões médicas para evitá-lo; a variedade, disponibilidade, e criatividade de alimentos sem glúten aumentou drasticamente nos últimos anos.
Tópicos a serem considerados sobre adotar uma dieta sem glúten:
(Antes de continuarmos, deixe-nos agregar outra vez que tudo o que será dito a seguir está escrito no contexto de a pessoa não possuir qualquer tipo de condição médica que a impeça de consumir glúten)

1. Seguir uma dieta livre de glúten, apesar de estar se tornando mais fácil, ainda é uma tarefa difícil que requer uma preparação pensada, principalmente no momento da compra de alimentos nos mercados e do consumo de refeições nos restaurantes. Pelo lado positivo, quanto mais você pensa sobre o que está comendo, mais provável será que você faça escolhas que são melhores para a sua saúde e desempenho. Frequentemente, as piores opções de comida são as que fazemos sem pensar. Por outro lado, a variedade é uma das principais formas que garante o consumo de todos os nutrientes que precisamos. A prática de dietas restritivas pode (não sempre, mas especialmente quando estamos ocupados) levar as pessoas a estreitar o consumo de alimentos a fontes relativamente pequenas.

2. O custo. Produtos e proteínas (carne, peixe, etc.) não custarão mais do que o habitual, mas alimentos preparados sem glúten tendem a ser mais caros do que os respectivos que contém glúten. Se você não precisa consumir alimentos sem glúten devido a razões médicas, vale a pena o custo adicional? Bom, se você for cuidadoso e olhar os ingredientes, muitos produtos sem glúten usam ingredientes que você talvez não devesse incluir na sua dieta. Isto pode na verdade aumentar a variedade de nutrientes que você consome. Trigo (glúten) é barato e fácil de ser utilizado, razão pela qual não se vê muitas marcas de barganha tornando-se livres de glúten. E não há uma desvantagem real aqui; se você estiver disposto e apto a comprar produtos sem glúten e isto não atrapalhar a sua habilidade de também comprar produtos e proteínas de alta qualidade, então é o seu dinheiro – faça o que quiser com ele.

3. A pesquisa. Ainda temos que ver alguma evidência conclusiva que mostre que dietas livres de glúten são benéficas para qualquer pessoa que não possui uma condição específica que requer uma dieta especial. Ouvimos relatos anedóticos sobre o efeito anti-inflamatório por exemplo, mas as gorduras ômega-3 também possuem este efeito. Você precisa das duas? Você consegue medir o impacto de cada? Algumas pessoas dizem que se “sentem” melhor, o que é bom, mas quanto disso se deve à falta de glúten comparado com o provável aumento do consumo de frutas, vegetais e proteínas magras?

4. É o glúten ou alguma coisa mais universal sobre as suas escolhas de comida? Similarmente ao último ponto, aqueles de nós que decidem adotar uma dieta livre de glúten frequentemente alegam obter ótimos benefícios relacionados à saúde, entretanto, mais uma vez nós ainda devemos ver evidências empíricas convincentes que mostrem que evitar grãos ativamente é realmente melhor para nós do que simplesmente realizar melhores escolhas de alimentos em todo o espectro de nutrientes. Geralmente, quando nos tornamos mais conscientes sobre a nossa dieta nós fazemos melhores escolhas e moderamos nosso consumo calórico, tornando-nos mais saudáveis. Na nossa experiência, atletas que vão de comer tudo para vegetarianos, pescatarian, livre de glúten, ou vegan delatam a mesma sensação de se sentir mais saudável e frequentemente perdem peso. Mas nós vimos de pouca a nenhuma diferença nas respostas dos atletas que estão transitando para qualquer padrão de alimentação particular.

Nós já podemos sentir o debate se formando, mas o nosso objetivo é simplesmente te encorajar a pensar mais compreensivamente sobre estilos de vida livres de glúten para atletas que não possuem uma razão médica para evita-lo. É um estilo de vida popular no momento, mas ainda não está claro se é melhor do que um estilo de vida onívoro que é moderado com relação ao consumo calórico, apresenta uma ampla variedade de escolhas alimentares, e um balanço consciente de vários grupos de comida.

Então, o que dizemos aos atletas que nos perguntam se devem adotar uma dieta sem glúten? Nós discutimos os pontos acima e depois sugerimos que tentem por 4 semanas (preferivelmente durante um período base de treinamento endurance, ou seja, longe de uma corrida). Nós não pensamos que é prejudicial, e só o fato de ter que pensar mais sobre o que você está comendo pode ser positivo para muitas pessoas, então não há realmente nada a perder. Se você achar a dieta muito restritiva ou descobrir que você não se sente diferente e que não viu diferença no seu desempenho, você pode simplesmente voltar a comer glúten.

Ryan Kohler é um técnico Senior da Carmichael Training Systems, possui o Masters of Science in Sports Nutrition, e está estudando para se tornar Registered Dietitian. Jim Rutberg é um Pro Coach for Carmichael Training Systems e co-autor de sete livros sobre treinamento e nutrição no esporte, incluindo o “Chris Carmichael’s Food for Fitness”.

Artigo original: http://www.trainrightblog.com/2011/02/27/the-great-gluten-question-to-go-gluten-free-or-not/

Meia Maratona Internacional de São Paulo - Por Camila Roma

Gostaria de dividir com meus amigos corredores e triatletas minha feliz despedida momentânea das pistas.

Durante treinos para maratonas em 2010 passei fases de monotonia e solidão. Ciente de que precisava treinar muito para realizar um sonho importante de correr a maratona em NY e privilegiadamente ser recebida na chegada pela minha família, abri mão da convivência de muitas pessoas e vida social. E foi então que decidi buscar um novo desafio, e por recomendações médicas o desgaste de 2 maratonas por ano seria muito grande para minha idade, e partir para as ultramaratonas seria ainda pior.

Tudo foi se encaixando no início de 2011 quando um grande amigo da academia e ex aluno da Race me apresentou para Ricardo e recebi o inesperado convite para fazer parte da família Race. Apenas permanecia a dúvida se continuaria das pistas ou não. Decidi então me inscrever para a Meia Maratona como um teste, para sentir como seria conciliar os treinos longos com os novos desafios. E não foi nada fácil, pensei em abrir mão da prova, mas sabia que precisava fechar um ciclo.

Ansiosa para a despedida fui a primeira aluna a chegar na tenda. As 6:30 da manhã o sol já brilhava. E logo vieram os questionamentos: por que não estou rodando na piscina? Por que não estou pedalando com o pessoal na estrada? Empolgada com as novidades antes do alongamento com a nova família fui falar um “oi” com o coração apertado para meus antigos companheiros de treino e para o pessoal da ADD, o qual tive a feliz oportunidade de conhecer durante minhas provas como guia de PNEs e estes jamais deixarei de acompanhar, mas foi estranho pensar em abandonar tudo aquilo.

Pensativa a caminho da largada cruzei muitos amigos, aqueles com quem comecei a correr há alguns anos, alguns com quem treinava até ano passado, e para minha alegria cruzei um maratonista que conheci em NY quando fora receber sua medalha comemorativa por ser o primeiro sul-americano a correr nos 7 continentes. Assumo que nessa hora lembrei de todas as histórias de provas e fotos sensacionais pelo mundo que ele havia me mostrado e por minutos pensei em desistir da minha decisão, o cara é um exemplo, convenceria facilmente qualquer corredor a fazer maratonas.

O sol já fervia. Foram quase 10 minutos para cruzar a largada, era um mar de corredores e para minha surpresa muitos deles estavam ali para a meia maratona. As ruas foram tomadas por corredores, o clima festivo estava dentro de mim, e para não me sentir triste eu corria pensando que aquilo era apenas 1/3 do meu objetivo. Foi leve, light, comecei no ritmo de 6:30, mas logo no início fui “empurrada” por uma amiga querida e estabelecemos a meta de 5:45/km. E deu certo! Apesar das dores dos treinos nas outras modalidades que sentia pela primeira vez e do meu maior inimigo sol concluímos a prova em 2:08, 10mits abaixo em relação a 2010. E assim encerrei um ciclo para me jogar de vez no novo desafio do triathlon, senti que a corrida é um obstáculo que posso vencer com segurança, cautela e principalmente sem lesões desde de que tenha dedicação e respeito às minhas limitações.

Agradeço o apoio de todos os treinadores que acreditam que posso realizar o sonho de fazer triathlon, os meninos que me receberam muito bem na tenda sem nem me conhecer praticamente e muito menos sem saber meu propósito nesta prova e ao Ricardo que me incentiva desde o primeiro treino. Não sei quando voltarei a fazer provas longas de corrida, mas com toda certeza sei que posso contar com o apoio desta família independente da minha escolha.

Camilinha

quarta-feira, 2 de março de 2011

Meia Maratona Internacional de São Paulo - Depoimento do aluno Cláudio de S. Gouvêa!!!

A primeira vez a gente nunca esquece!

Ontem tive a imensa alegria de completar em 2h04m03s a minha primeira meia maratona na quinta edição da Meia Maratona Internacional de São Paulo e o prazer dessa conquista foi tão grande que me animei a enviar esse depoimento.

Tomei o primeiro contato com as corridas quando me transferi para São Paulo em 2001 e a empresa onde trabalho (IBM) contratou a RACE para preparar os corredores de primeira viagem para participação na prova de revezamento do Pão de Açucar. Lembro do esforço para vencer os 5Km da prova e do prazer em participar daquela festa.

Em 2002 comecei a treinar com a RACE e fiz algumas provas curtas mas no final daquele ano recebi um convite para passar um período trabalhando na Espanha e interrompi os treinos. Entre 2005 e 2006 voltei a correr por minha conta e fiz as minhas primeiras provas de 10K em Madri.

Depois que retornei ao Brasil em julho de 2006 contudo levei algum tempo até conseguir reorganizar a minha rotina com a família, trabalho, trânsito (dificuldades típicas do retorno de um expatriado). Nos anos seguintes tentei retomar os treinos na RACE mas tive dificuldades para manter uma boa sequência e o sobre-peso gerava uma dificuldade adicional causando dores nos joelhos.

No início de 2010 um evento inesperado me ajudou a dar uma guinada nessa história. Após realizar um checkup fui orientado a procurar uma endocrinologista em função de uma alteração na taxa de glicemia. Dra. Sandra Cabello me advertiu sobre o risco do quadro evoluir para a diabetes mas ao mesmo tempo me mostrou que ao controlar a taxa de glicemia com medicação adequada se eu mantivesse uma rotina saudável de alimentação e atividade física, sem nenhuma ação drástica, perderia o sobre-peso que me atrapalhava (não era “hipotireoidismo” ☺). O resultado começou a aparecer rapidamente e foi surpreendentemente positivo. Consegui manter a continuidade dos treinos com muito mais qualidade sem as dores no joelho que quase desapareceram com a redução gradativa do peso e a ajuda da musculação. A Dra. Daniela Neves do Sportslab também me ajudou a diversificar a dieta e deu boas dicas de nutrição para os treinos longos e os dias de prova.

O bem-estar e o prazer nos treinos me levaram a fazer provas um pouco mais longas em 2010 (12,5Km, 10 Milhas Mizuno, 15K Gonzaguinha, 15K São Silvestre) e a planejar a primeira meia maratona em 2011 que me trouxe a esse grande dia de realização.

Agradeço ao Ricardo Arap a Renata e a toda a família RACE por esse trabalho sério, muito profissional, com um planejamento perfeito. Também agradeço ao companheirismo da turma que pouco a pouco comecei a conseguir acompanhar (ao menos nos treinos). Estou certo que ja temos um novo encontro marcado na Meia da Corpore 10 de abril. Um forte abraço a todos.

Depoimento de Cláudio de Sousa Gouvêa, 44 anos (28/02/2011).