sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Depoimento Camila Roma: Campeonato Paulista de Duathlon - Superando Obstáculos


Oi Pessoal!
Td bem?

Aqui vai meu depoimento sobre o campeonato paulista de duathlon..e na seqüência as fotos:

Como havia escrito em 2011 resolvi deixar de lado as provas longas de corrida e encarar outras modalidades para realizar o sonho do triathlon..

Em meados de março resolvi me dedicar 100% ao ciclismo para encarar o campeonato paulista de duathlon.. Afinal a corrida eu já me sentia em casa, mas a bike estava começando.. Lembro da véspera da prova em que soube que haviam poucas meninas e o troféu estava garantido, só precisava completar. Convidei toda a família para prestigiar, e na cia. da querida Marcela me senti confortável para encarar minha primeira prova de ciclismo. Chegando na prova, pela marcação nas pessoas, descobrimos que não havia troféu ganho e foi um motivo a mais para fazer uma prova no limite! Era tudo novo pra mim que vinha de treinos longos. Corremos muito forte, pedalamos forte e corremos mais forte para juntas chegarmos em 2o e 3o lugar! Foi incrível.. Depois de tantos treinos de resistência jamais esperei um dia correr num ritmo abaixo de 5:00min/km. E a estratégia de prova com vácuo entre o mesmo sexo proposta pelo prof. Fernando foi fundamental. Concluí a prova com a certeza de que participaria de todas as etapas, afinal ela acontece há poucos kms de casa...

Tudo estava bem planejado, a segunda etapa seria em julho, como preparação para minha estréia no triathlon em agosto no troféu Brasil. Infelizmente a Má teve uma lesão na época e fui encarar a prova sozinha. Tive muitos treinos específicos e para mim que sou mais resistência do que velocidade, não era nada fácil ter treinos curtos daqueles que o coração parece que vai sair pela boca. Mas as orientações foram excelentes, e só tenho a agradecer o apoio de todos os professores a cada treino e ao apoio carinhoso da Claudinha que sempre me incentivou! As conversas aos sábados foram fundamentais para que eu não abandonasse o campeonato.

...infelizmente a prova foi adiada e acabou acontecendo 2 semanas antes do TB. Foi uma prova dura, estava tensa, preocupada em não me lesionar para o TB. Fiz uma boa prova, melhorei o tempo, fiz amigos, fiquei em 2a na categoria, mas tb senti na pele o lado ruim do triathlon. A competitividade e a postura de algumas pessoas me deixou assustada e nesse momento tive o apoio da querida amiga Cris que me apresentou o lado bom e o ruim do esporte, e eu, assim como nos solitários treinos de maratona, passei a sentir falta dos treinos no pelotão. Mas assim é o triathlon, temos que fazer os treinos de força, "sem direito
" ao vácuo, mas jamais deixar a competitividade não saudável e o individualismo tomar conta!

Passada a excelente e gelada estréia no troféu Brasil de triathlon foi a hora de voltar para o pelotão e aos treinos para a última etapa do duathlon..

Uma semana após o TB passei por momentos difíceis e infelizmente a suspeita de "síndrome do pânico". Eu me esforçava para voltar a vida normal de treinos, mas uma inflamação no ombro se estendeu para o peito e eu tinha dificuldade para respirar. Acompanhada pelos meus médicos eu sabia que a pior solução seria parar de treinar naquele momento. Lembro-me de voltar e não acompanhar o pelotão e ser carinhosamente acolhida pelo Ricardo após crise de choro. Mas persisti..aos poucos fui colocando a vida em ordem, acalmei a correria e consegui voltar aos treinos com cautela..foi quando, 1 mês antes da ultima etapa do duathlon sofri uma queda na raia junto com o professor Danilo. Foi tenso! Sou grata por todos que cuidaram de mim naquela hora. Em especial o Sheik que conseguiu me fazer rir num momento de nervoso, e ao querido Jeronimo que me levou para o hospital e lá ficou comigo até receber alta. Foi um grande susto! Bati a cabeça e tive medo, pois as dores surgiram com o tempo. Ainda estou em acompanhamento de um ortopedista especialista em quadril. Dias depois eu não tinha dores, mas tinha "choques", em função da batida em região de nervos no quadril e gluteo.. E também surgiu uma lesão no tornozelo que aguardo ressonância para ter a liberação 100% do médico.

Bom.. Dificuldades a parte, NÃO DESISTI. Mais uma vez tive apoio da Race com treinos específicos para a prova e também direcionados de modo a não piorar uma possível lesão no tornozelo. Sem voltar ao pelotão tive treinos sozinha de muita força durante a semana e alguns em cia. da querida Camilla, que também se prepara para provas sem vácuo. Aos sábados mudei de horário e ganhei bons companheiros em pelotão pequeno...Cris, Má, Sofia, Sheik, China, Cá, casal Bittar, Jê.. todos estavam ao meu lado não deixando que eu tivesse medo de voltar ao pedal...

Medo vencido, superei obstáculos mentais e físicos e fui para a prova! Era a ultima etapa e não podia forçar por recomendações médicas, mas como não forçar em prova de contra relógio? Eram muitas as mulheres e deixei total de lado a possibilidade de pódio, só pensava em terminar e terminar bem! Fiz uma prova forte, focada, mas de muita calma e nenhuma pressão psicológica.
Me diverti, fiz amigos, dei risadas, brinquei..e além de chegar em 4a na categoria e 8a no geral, melhorei meu tempo e fiquei em 2o lugar geral do campeonato. Era a superação de todos aqueles obstáculos que precisava passar. Era a prova de que nossa mente é capaz de vencer todos os desafios que pela nossa vida passarem, somada à paixão pelo esporte!

Obrigada Ricardo, obrigada Mari.. Por esta equipe que me acolheu tão bem este ano. Obrigada Danilo, Fabrício e Fernandinho por me ajudar a vencer o desafio de pedalar, cair e voltar a pedalar. Claudinha.. Agradeço o incentivo de sempre. E aos meus amigos queridos que ganhei neste ano, companheiros de treino e de vida!

Agora é questão de pensamento positivo, treino, fisioterapia e tempo....para em breve estar de volta ao pelotão Race!

Camilinha

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 5 de 5

O treino de intensidade é sempre associado com melhoria da velocidade. O que mais o treino de intensidade traz de bom? (melhoria cardiorespiratória, maior gasto calórico, motivação)?

Todos esses itens com certeza melhoram com os treinos de intensidade, explicando: para atingir um ritmo de velocidade maior que o habitual, precisamos dar estímulos em situações de maior estresse muscular e ventilatório, e para suprir esse desgaste, o organismo acelera seu metabolismo e isso também precisa de um maior gasto calórico. Ao correr intervalos em velocidade acima do normal, “ensinamos” o nosso organismo a tolerar o desgaste gerado por isso, melhoramos a remoção das substâncias que resultam das quebras químicas que ocorrem no esforço físico e então ao corrermos novamente no ritmo habitual, suportaremos mais tempo no mesmo ritmo e com um certo “conforto”. Esse conforto faz com que a pessoa tenha mais confiança para treinos de maiores distâncias e isso gera uma motivação extra.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 4 de 5

Qual é a principal queixa em relação a esse tipo de treino e como você lida com as alunas mais “preguiçosas"?

Com certeza, a principal queixa é a grande solicitação de esforço exigido nesses treinos, ao final de cada intervalo de corrida a pessoa fica extremamente ofegante e em algumas vezes com a sensação de fraqueza.

Com alunas preguiçosas, explicamos que esse treino melhora mais rapidamente o condicionamento físico pela exigência que ele solicita do sistema cardiorespioratório. Outra coisa: o gasto calórico aumenta muito nessas situações e isso é um grande argumento.


Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 3 de 5

Como fazer com que seja o menos desconfortável possível?

O desconforto inicialmente faz parte desse tipo de atividade, pois ela solicita muito de fontes anaeróbias, como foi dito. Porém, podemos minimizar fazendo um bom aquecimento correndo em um ritmo bem leve por uns 15 minutos. Os primeiros treinos podemos escolher distâncias menores, como 200, 300, 400 metros, pois já farão o efeito desejado e não causará maiores danos.


A preparação para os treinos de intensidade é diferente, em relação à alongamentos e fortalecimento muscular?

Sim, com certeza esse tipo de treino exige maiores cuidados. O alongamento inicial será importante para preparar a musculatura aumentando a irrigação sanguínea, não sendo necessária grandes amplitudes articulares. O fortalecimento muscular é praticamente obrigatório! A intensidade da corrida gera um desgaste muscular, articular e dos tendões muito grande e o fortalecimento muscular ajuda tanto na proteção desses componentes como na recuperação pós treino.

Por Fernando Pessoa - Professor da RAce

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 2 de 5

Como incluir esse treino na planilha?

Normalmente utilizamos 1 vez por semana somente pois eles promovem um desgaste muito grande da musculatura, das articulações e demais componentes que envolvem esse contexto. A duração não é muito longa pois atingimos nosso objetivo dentro da relação volume-intensidade (nesse caso, mais intensidade com menos volume) e varia por volta de 30 minutos.


Quando é o momento de começar?

Após uns 2 meses de treinamento já poderemos começar com algum estímulo nesse sentido, aproveitando que a pessoa já terá a essa altura, uma boa noção de ritmo de corrida.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 1 de 5

Como o treino pode ajudar na performance?

São treinamentos que melhoram muito o sistema muscular e respiratório, pois exigem uma adaptação do organismo em resposta ao estímulo que foi dado. Estímulo esse que solicita muito as vias anaeróbias, que somente são recrutadas em situações de grande gasto energético. Em outras palavras, esses treinos são realizados “acima” do padrão de rodagem que normalmente corremos, tanto no ritmo, como na freqüência cardíaca e isso acarreta grande demanda energética e precisa de repouso entre as sessões, não podemos pensar em prescrever esse tipo de treino de 2 ou 3 vezes na semana.

Por Fernando Pessoa - Professor da Race

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dicas para mulheres iniciantes - 4 de 4

Quais são os principais erros cometidos por essa iniciante? Como evitá-los?

Não seguir o plano determinado pelo profissional responsável, pulando etapas e submetendo o organismo à situações de extremo stress físico. Realizar treinos em dias consecutivos também não é uma idéia interessante de início, pois promove um alto desgaste e poderá trazer um desconforto que se tornará um grande obstáculo posteriormente.


Que tipo de dores é comum sentir nesses primeiros dias de treino? Como amenizá-las?

Dores musculares decorrentes do esforço, o organismo produz substâncias devido ao exercício e elas trazem essa sensação de dor. O ideal é respeitar seu corpo e permitir que ele se adapte cada vez mais a essas exigências.

Alongamentos freqüentes também parece ser uma boa medida de alivio nas dores, desde que não seja um alongamento exagerado.


Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dicas para mulheres iniciantes - 3 de 4

O que ela não pode sair para treinar sem e por que?

Além do vestuário adequado, o monitor cardíaco (frequencímetro) é o equipamento que vai ajudar a realizar o treinamento dentro de sua zona alvo ideal e permitir um treino dentro de sua realidade e respeitando a individualidade.


Qual a importância de saber sua pisada desde o início?

Para se avaliar as curvaturas e características do pé para que assim se utilize um tênis adequado às suas necessidades e evitar eventuais lesões decorrentes dessas posições anatômicas.


Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dicas para mulheres iniciantes - 2 de 4

No início, com qual regularidade se deve fazer os exercícios? Por que é importante começar caminhando e, gradualmente iniciar os treinos de corrida?

No início podemos realizar a primeira etapa com 3 dias por semana e entre 30 e 40 minutos de duração.
É comum começar com caminhadas para que ocorra uma adaptação de todas as estruturas relacionadas à essa atividade, tais como os músculos, os tendões, as articulações. O sistema cardiovascular responderá prontamente à esse estímulo, pois tem uma adaptação mais rápida que as demais e permitirá que o processo de evolução se desenvolva dentro da normalidade.


Quais são os equipamentos de corrida indispensáveis para a iniciante?

Primeiramente a roupa deverá ser confortável, um bom tênis com amortecimento e o frequencímetro, que é o grande aliado do corredor!!!


por Fernando Pessoa - Professor da RACE

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dicas para mulheres iniciantes - 1 de 4

Quais as dicas que você daria para as mulheres que estão começando a correr?

Ter disciplina, respeitar seu organismo e paciência para ultrapassar cada etapa.
Importante também escolher um local agradável para o treino, um horário adequado que faça parte de sua rotina.


Que tipos de exames ela deve fazer antes de começar? Quais são os indispensáveis e os complementares?

Exames clínicos em geral. Os exames indispensáveis são os cardiológicos, sangue e ortopédicos.
Como complemento, um teste cardiopulmonar, uma avaliação física, nutricional e psicologia do esporte.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

10 motivos para começar a caminhar

1- QUALIDADE DE VIDA – a caminhada proporciona melhor condicionamento cardio vascular que é de grande benefício para o organismo.

2- SONO: O organismo aproveita melhor as horas de sono, no momento em que tem os ganhos fisiológicos do exercício.

3- CORAÇÃO: Fortalece e melhora sua eficiência. Gradativamente, o indivíduo tem capacidade de bombear mais sangue com menor esforço.

4- Maior controle dos níveis de colesterol.

5- Pressão arterial: Melhor controle de pressão arterial de repouso, devido a melhoria da elasticidade dos vasos.

6- Redução dos riscos de infarto.

7- RINS: Melhora sua função de filtrar as substâncias tóxicas que circulam pelo corpo.

8- CÉREBRO: Aumentam os níveis de serotonina, que está relacionado à depressão.

9- CIRCULAÇÃO: O sangue circula mais pelo corpo, aumentando e melhorando a entrada de oxigênio e nos órgãos.

10- GLICEMIA: Diminuição nas taxas de glicose, células tornam-se mais sensíveis à insulina, reduzindo os níveis de açúcar no sangue.

11- Sociabilidade: você faz novas amizades em grupos de caminhada e aumenta o prazer da atividade física.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Treino em Subidas

Quais são as vantagens de um treino com ênfase em subidas?
São muitas vantagens: melhoria da técnica de corrida, aumenta a capacidade neuro-muscular no recrutamento de fibras musculares melhorando a velocidade, trabalhando os músculos mais usados em treinos de força e resistência.

Treinar em subidas traz uma melhoria de velocidade no plano?
Sim, pois o sistema nervoso central “ensina” a musculatura à recrutar mais fibras musculares no momento da contração, ou seja, ganho de força.

E os ganhos em resistência, são muitos?
Também, pois o treino de subida promove adaptações neuro-musculares que melhoram a potência aeróbia, relacionada com a resistência utilizada na prova. Ocorre uma melhora na eficiência de remoção do lactato produzido (acidose muscular).

Como o atleta que está treinando para 21 km pode inserir as subidas no seu treino?
Ele deve ter preferencialmente uma base de treinamento e de força nas pernas. Uma forma de inclusão seria 1 X por semana e com subidas de pouca inclinação e com distâncias de 200 ou 300 metros.

Com que frequência esses treinos de subida devem ser feitos?
Entre 1 ou 2 vezes semanais.

Quais cuidados devem ser tomados ao iniciar as subidas e por quê?
Os cuidados devem começar pela quantidade de sessões, pois muitas subidas podem prejudicar os joelhos, além de exigirem muito das panturrilhas e também da musculatura posterior da coxa.
Atenção especial para a postura, afim de que não haja desperdício de energia.

Como deve ser a inclinação?
A inclinação não pode ter níveis elevados para não alterar ou dificultar a mecânica de corrida do atleta. Dependendo do nível de condicionamento e do objetivo, as inclinações podem variar entre 5 e 10° .

Que dicas você dá para os corredores que estão treinando subidas (por exemplo: contração abdominal, diminuir passadas, outras...)
Quanto à postura:
Olhos- olhando para frente e evitar olhar para os pés.
Cabeça- procure mantê-la erguida, facilitando olhar à frente.
Tronco- Ligeiramente inclinado para frente (evite curvar-se muito!). Não é interessante curvar-se muito para que se evite a pressão no diafragma, importante para a respiração.
Pernas- encurte um pouco as passadas e ao mesmo tempo aumente sua freqüência.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Maratonistas Veteranos - 4 de 4

7) O que preocupa esses corredores, muitas vezes, não é o passado e sim o “daqui para a frente”. Como definir os novos limites, em um conceito de correr menos para correr mais?

O “daqui para frente” está intimamente ligado com um fator que poderemos usar a nosso favor: a teimosia em se superar.
Explicando: com o passar dos tempos, passamos por inúmeras experiências e chega o momento em que parece que já vimos de tudo. Porém queremos sempre mais, e isso pode ser um bom aliado para que continuemos a melhorar e nos mantermos “treinados”, pelos objetivos e pela saúde! Nos mantendo assim, a longevidade parece estar garantida!


8) Algo mais que queira acrescentar?

Devemos mesmo dar a devida atenção para o público mais experiente e dar-lhes a devida atenção, pois eles tem muita coisa boa para nos passar e também bons conselhos.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Maratonistas Veteranos - 3 de 4

5) O Celso Ribas nos disse, por e-mail: “É difícil para um corredor enfrentar a realidade de não tentar mais concluir uma maratona abaixo de 5 min/km e sim aceitar que agora o objetivo é concluir abaixo de 6 min/km, esse min faz muita diferença.” Como podemos auxiliar esse corredor?

Explicando a ele que faz parte do processo natural do organismo e que os maiores objetivos de um corredor já foram alcançados, além de que a maratona é um desafio único, para poucos, e independentemente do tempo, ele faz parte de um seleto grupo e corredores.


6) Tem mais um ponto do e-mail dele que acho interessante ter a sua opinião: “Busco nas revistas informações voltadas para nós, os velhos corredores, continuo correndo mesmo depois de divórcios, falência, um câncer e muitos problemas, mas a alegria de cruzar uma linha de chegada foi o que me ajudou a superar tudo e continua me trazendo alguns dos melhores momentos da vida.”

A sensação de cumprir uma prova realmente é maravilhosa, resultante de reações químicas que ocorrem devido à resposta fisiológica do organismo ao esforço físico e que proporciona um bem estar sem comparações e que também poderá curar toda e qualquer preocupação ou problema de ordem de saúde.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maratonistas Veteranos - 2 de 4

3) Existem indicações de como manter a motivação com os treinos mesmo quando o corpo não responde da mesma maneira? Poderia exemplificar?

A motivação segue na mesma linhagem de adequação à nova realidade, ou seja, muitas vezes podemos manter as mesmas distâncias que antes eram percorridas, porém com gasto maior de tempo decorrido. É normal também a velocidade diminuir, juntamente com a flexibilidade, e usamos isso para trabalhar a idéia de que ao realizar treinos e provas mais lentamente, podemos “curtir” a atividade por mais tempo.


4)Para quem começa a correr após os 50 anos, quais são os cuidados?

Muitos, começando por uma minuciosa bateria de exames médicos, ortopédicos e alimentares. O treinamento deve respeitar a individualidade da pessoa e a evolução nos treinamentos deverá ser gradativa, começando com caminhadas, e posteriormente partindo para novos objetivos.
Devemos tomar cuidado com os objetivos propostos para não haver nenhuma decepção pois as respostas metabólicas não serão como de uma pessoa jovem.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Maratonistas Veteranos - 1 de 4

1) Como maratonistas veteranos devem se comportar com o passar da idade?

Primeiramente é interessante que o maratonista entenda que trata-se de um processo normal e que nosso organismo com o passar dos anos sofre essa ação catabolica (“desgaste” da musculatura) pelo tempo. Importante também se adaptar a nova realidade pois os músculos, os tendões e ligamentos já não suportam mais as rotinas e cargas anteriormente utilizadas.


2)A partir de que idade há declínio de performance e como o atleta pode adequar objetivos, metas e treinamento para correr de maneira saudável e sem lesões?

A idade de declínio de performance depende muito de cada indivíduo, além do fator genética e sexo.Como segurança e forma saudável para se obter novos objetivos, uma boa qualidade de vida tem grande importância, como alimentação, acompanhamento médico entre outras coisas.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Depoimento Ana Néri - Superação!

Desde criança fui adepta a esportes, minha aula preferida era Educação Física, e no colégio que estudei, era no mesmo horário das outras disciplinas.
E minha professora, que era a mais severa da escola, só permitia a saída para Ed. Física, daqueles que passassem primeiro por uma chamada oral de tabuada, e para uma criança da 2ª.série era um desafio e tanto, então este foi o meu 1º. desafio esportivo: decorar a tabuada.
No dia que acertei todas as perguntas da chamada oral, fui toda feliz para a quadra poliesportiva e para minha decepção recebi a notícia de que não haveria aula aquele dia, pois a professora por motivo particular havia faltado. Continue estudando como nunca a tal da tabuada, que claro para cada aula se repetia a chamada. Coisa que hoje, tem de muita serventia, sou craque em tabuada rsrs.
Nos meus 12 anos já era federada no voleibol pela minha cidade, Guarulhos.
Para treinar passava cada perrengue, até assaltada 2 vezes a caminho dos treinos eu fui, mas nunca desistia.
A vida estudantil e profissional me afastou um pouco dos treinos de vôlei, mas sempre ia pra lá e para cá em academias, em clubes batia uma bolinha, e até em empresas que trabalhei formava grupos para disputar entre áreas e até entre empresas.
Experimentei o tênis, que foi uma atividade que me envolveu de uma forma diferente, era somente eu contra um adversário, mas que exigia uma inteligência e estratégia que me desafiava muito. E aquilo foi realmente envolvente e desafiador, e como uma boa ariana, adoro desafios, e o que mais me deixava à vontade é que eu não precisava ter contato direto com o meu adversário, e isto para mim é bem confortável, gosto de uma briga intelectual e não física rsrs. E foi a partir do tênis que comecei a me desvincular de grupos para fazer uma atividade física individual.
Para uma pessoa acostumada a praticar um esporte como o vôlei, em grupo com espírito de equipe, eu sempre achei chato atividades solitárias como a corrida por exemplo. Pensava que correr pedia demais do meu corpo, era um conjunto de controles diversos como: correr, fazer a pisada direito, controlar a respiração, movimento coordenado dos braços e pernas, nooooosssa achava que era demais para mim.
Mas a partir do programa do Vida Leve que nos deu a oportunidade de experimentar a “tal corrida” eu resolvi dar o braço a torcer, e ver de perto tudo aquilo que só ouvia meus amigos falarem, como: “Nossa correr é muito bom, causa uma dependência semelhante a droga, mas é melhor pois é saudável”. Eu ouvia aquilo e pensava, que cara doido, onde já se viu tanto esforço, não deve ser tão prazeroso assim.
Bom, comecei a correr em março de 2010... e a cada dia eu entendia mais aqueles meus amigos que já estavam viciados na tal corrida. Pra mim a corrida era o desafio só meu... onde a cada passada eu desafiava a minha resistência física, e a cada fim de treino eu me sentia mais e mais forte, pois tinha vencido a mim mesma. Eu traçava um treino e sempre ia além dele, para mostrar a mim mesma que eu podia... e pode ter certeza você sempre pode.
Isto é o que mais me empolgava com a corrida, eu até acredito que o vício venha daí, desta química de querer sempre mais.
Em julho de 2010 já estava correndo alguns poucos km, e estava toda feliz com isto.
Quando um dia indo para um treino fui atropelada, o que me causou uma tíbia fraturada. E, portanto, afastada da corrida para conhecer um mundo de fisioterapias e terapias alternativas para uma recuperação mais rápida.
Teve momentos de muita depressão, pois o meu corpo tinha acostumado com o ritmo das corridas, uma impotência e a falta da endorfina levava a muitos momentos de tristeza.
Mas quando via que isto iria me atingir eu usava a fisioterapia como meu novo esporte, e via cada músculo reagindo e se preparando para voltar.
Até que em Janeiro de 2011 eu voltei às caminhadas leves, caminhadas mais pesadas, pequenos trotes, sempre muito incentivada pelo meu treinador Danilo, e às vezes pegava pesado comigo, e falava: vamos Ana você já pode dar mais de você”. E sabe quando você fica frágil e achando que ainda não esta 100%, puro medo...
E mais uma vez vamos buscar aquele sentido desafiador.... e a cada volta eu dizia não vou sentir nada, e mais uma e mais uma... e hoje estamos em julho de 2011 , exatamente 1 ano depois do acidente...
Estou fazendo 6km de puro vício, sei que é pouco, mas só hoje amanhã serão 6 + alguns metros e mais alguns metros.
Hoje me sinto como aqueles meus amigos, sou uma viciada, e alguns amigos meus já sabem que não podem marcar nenhum compromisso nos dias dos meus treinos, eles são inadiáveis...esta é minha vida , este é meu clube rsrs.
Às vezes me pego olhando para aquelas esteiras de academia e falo, ai que vontade de dar uma corridinha, eu comparo a esta sensação como de uma vitrine de doceira. Ai que vontade que dá rsrs.
Quanto a minha fratura, eu aprendi que não vai ser um ossinho ruim de roer que vai fazer eu parar de correr.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O que o corredor desenvolve com o treino longo, fisicamente e psicologicamente?

Como já foi citado anteriormente, as adaptações fisiológicas que ocorrem em resposta à esse tipo de atividade física são das mais importantes e de grande valia para o organismo.

Fisicamente, além de melhoria estética corporal, temos ganho na regulação da pressão arterial, melhora na capacidade cardiorrespiratória, diminuição do esforço cardíaco em situações do cotidiano, maior controle de níveis de colesterol, auxílio para melhorar a glicemia, melhora a função renal para filtrar substâncias tóxicas do organismo, previne a osteoporose devido a melhor formação da massa óssea, e tantas outras.

Psicologicamente, uma grande e significativa mudança é a melhora no humor pois estimula importantes hormônios relacionados ao bem estar. Além disso, melhora a qualidade do sono e influencia positivamente na auto estima.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Como deve ser a evolução para o aumento da distância e do tempo correndo?

O que mais se utiliza em programas de treinamento para maratonistas, por exemplo, são aumentos semanais em torno de 10% do total de quilometragem rodado, uma vez que devemos reservar pelo menos 12 semanas para esse planejamento, ao final dessas 12 semanas, o atleta terá rodado por volta de 80 km, o que já é bem expressivo.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Qual a frequência cardíaca que você aconselha aos seus alunos?

A freqüência cardíaca é um parâmetro de muita individualidade, devemos lembrar sempre que para indivíduos diferentes, uma mesma freqüência cardíaca pode resultar reações totalmente diferentes. O ideal será que o indivíduo tenha passado por exames médicos e exames de esforço para que se conheça quais são seus limites de tolerância e segurança.

Para exercícios de corrida de longa duração, deve-se utilizar entre 60-70% da freqüência máxima atingida em teste ou pela fórmula 220 – idade, porém, existem outras fórmulas para nos orientar em relação a intensidade do exercício.