sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Depoimento Camila Roma: Campeonato Paulista de Duathlon - Superando Obstáculos


Oi Pessoal!
Td bem?

Aqui vai meu depoimento sobre o campeonato paulista de duathlon..e na seqüência as fotos:

Como havia escrito em 2011 resolvi deixar de lado as provas longas de corrida e encarar outras modalidades para realizar o sonho do triathlon..

Em meados de março resolvi me dedicar 100% ao ciclismo para encarar o campeonato paulista de duathlon.. Afinal a corrida eu já me sentia em casa, mas a bike estava começando.. Lembro da véspera da prova em que soube que haviam poucas meninas e o troféu estava garantido, só precisava completar. Convidei toda a família para prestigiar, e na cia. da querida Marcela me senti confortável para encarar minha primeira prova de ciclismo. Chegando na prova, pela marcação nas pessoas, descobrimos que não havia troféu ganho e foi um motivo a mais para fazer uma prova no limite! Era tudo novo pra mim que vinha de treinos longos. Corremos muito forte, pedalamos forte e corremos mais forte para juntas chegarmos em 2o e 3o lugar! Foi incrível.. Depois de tantos treinos de resistência jamais esperei um dia correr num ritmo abaixo de 5:00min/km. E a estratégia de prova com vácuo entre o mesmo sexo proposta pelo prof. Fernando foi fundamental. Concluí a prova com a certeza de que participaria de todas as etapas, afinal ela acontece há poucos kms de casa...

Tudo estava bem planejado, a segunda etapa seria em julho, como preparação para minha estréia no triathlon em agosto no troféu Brasil. Infelizmente a Má teve uma lesão na época e fui encarar a prova sozinha. Tive muitos treinos específicos e para mim que sou mais resistência do que velocidade, não era nada fácil ter treinos curtos daqueles que o coração parece que vai sair pela boca. Mas as orientações foram excelentes, e só tenho a agradecer o apoio de todos os professores a cada treino e ao apoio carinhoso da Claudinha que sempre me incentivou! As conversas aos sábados foram fundamentais para que eu não abandonasse o campeonato.

...infelizmente a prova foi adiada e acabou acontecendo 2 semanas antes do TB. Foi uma prova dura, estava tensa, preocupada em não me lesionar para o TB. Fiz uma boa prova, melhorei o tempo, fiz amigos, fiquei em 2a na categoria, mas tb senti na pele o lado ruim do triathlon. A competitividade e a postura de algumas pessoas me deixou assustada e nesse momento tive o apoio da querida amiga Cris que me apresentou o lado bom e o ruim do esporte, e eu, assim como nos solitários treinos de maratona, passei a sentir falta dos treinos no pelotão. Mas assim é o triathlon, temos que fazer os treinos de força, "sem direito
" ao vácuo, mas jamais deixar a competitividade não saudável e o individualismo tomar conta!

Passada a excelente e gelada estréia no troféu Brasil de triathlon foi a hora de voltar para o pelotão e aos treinos para a última etapa do duathlon..

Uma semana após o TB passei por momentos difíceis e infelizmente a suspeita de "síndrome do pânico". Eu me esforçava para voltar a vida normal de treinos, mas uma inflamação no ombro se estendeu para o peito e eu tinha dificuldade para respirar. Acompanhada pelos meus médicos eu sabia que a pior solução seria parar de treinar naquele momento. Lembro-me de voltar e não acompanhar o pelotão e ser carinhosamente acolhida pelo Ricardo após crise de choro. Mas persisti..aos poucos fui colocando a vida em ordem, acalmei a correria e consegui voltar aos treinos com cautela..foi quando, 1 mês antes da ultima etapa do duathlon sofri uma queda na raia junto com o professor Danilo. Foi tenso! Sou grata por todos que cuidaram de mim naquela hora. Em especial o Sheik que conseguiu me fazer rir num momento de nervoso, e ao querido Jeronimo que me levou para o hospital e lá ficou comigo até receber alta. Foi um grande susto! Bati a cabeça e tive medo, pois as dores surgiram com o tempo. Ainda estou em acompanhamento de um ortopedista especialista em quadril. Dias depois eu não tinha dores, mas tinha "choques", em função da batida em região de nervos no quadril e gluteo.. E também surgiu uma lesão no tornozelo que aguardo ressonância para ter a liberação 100% do médico.

Bom.. Dificuldades a parte, NÃO DESISTI. Mais uma vez tive apoio da Race com treinos específicos para a prova e também direcionados de modo a não piorar uma possível lesão no tornozelo. Sem voltar ao pelotão tive treinos sozinha de muita força durante a semana e alguns em cia. da querida Camilla, que também se prepara para provas sem vácuo. Aos sábados mudei de horário e ganhei bons companheiros em pelotão pequeno...Cris, Má, Sofia, Sheik, China, Cá, casal Bittar, Jê.. todos estavam ao meu lado não deixando que eu tivesse medo de voltar ao pedal...

Medo vencido, superei obstáculos mentais e físicos e fui para a prova! Era a ultima etapa e não podia forçar por recomendações médicas, mas como não forçar em prova de contra relógio? Eram muitas as mulheres e deixei total de lado a possibilidade de pódio, só pensava em terminar e terminar bem! Fiz uma prova forte, focada, mas de muita calma e nenhuma pressão psicológica.
Me diverti, fiz amigos, dei risadas, brinquei..e além de chegar em 4a na categoria e 8a no geral, melhorei meu tempo e fiquei em 2o lugar geral do campeonato. Era a superação de todos aqueles obstáculos que precisava passar. Era a prova de que nossa mente é capaz de vencer todos os desafios que pela nossa vida passarem, somada à paixão pelo esporte!

Obrigada Ricardo, obrigada Mari.. Por esta equipe que me acolheu tão bem este ano. Obrigada Danilo, Fabrício e Fernandinho por me ajudar a vencer o desafio de pedalar, cair e voltar a pedalar. Claudinha.. Agradeço o incentivo de sempre. E aos meus amigos queridos que ganhei neste ano, companheiros de treino e de vida!

Agora é questão de pensamento positivo, treino, fisioterapia e tempo....para em breve estar de volta ao pelotão Race!

Camilinha

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