terça-feira, 29 de março de 2011

Respirar é preciso

“Movimento involuntário mexe tanto com a movimentação da corrida quanto do respirar”.

Inspirar e expirar. Automático, o movimento da respiração quase não é notado. Apenas fazemos. Mas controlar esse ato involuntário pode ser um problema durante a corrida, principalmente para os iniciantes. Na verdade, o mais importante é que durante a corrida o atleta deixe a respiração o mais natural possível, não tentando ritmá-la com as passadas, que é um grande erro. José Kawazoe Lazzoli, médico especializado em medicina do esporte, acredita que uma das grandes causas do baixo rendimento dos atletas em provas ou treinos é quando se respira pela boca. “A inspiração pela boca acaba ressecando as vias aéreas. Além disso, o nariz possui uma espécie de ‘filtro’ para impurezas maiores do ar inspirado. Com isso a respiração fica mais difícil”, alerta.

BOCA ABERTA OU FECHADA
A verdade: não existe regra ou base científica que diga como deve ser a respiração, de boca aberta ou fechada. Quando recebemos uma orientação que corrige a nossa respiração, podemos estar atrapalhando o sistema regulador. Este tem um centro de controle no cérebro que recebe informações detectadas por receptores sensíveis às variáveis que a respiração controla.

DOR DO LADO
Também conhecida como “dor no flanco”, ela aparece no hipocôndrio – parte baixa do abdome –, na região do fígado, logo abaixo das últimas costelas do lado direito (e, raramente, no esquerdo). Surge sempre como uma dor intensa e aguda no decorrer de exercícios, principalmente durante a corrida e natação. “Essa dor se deve a uma momentânea falta de oxigênio no diafragma (importante músculo que é essencial para a respiração) ou a uma distensão nos ligamentos suspensores do fígado”, explica Flávio Freire, diretor técnico da Flávio Freire Assessoria Esportiva. Quando o corredor sente a dor, sua primeira reação é parar, mas não é necessário suspender o treino. Basta diminuir a intensidade da corrida que a dor desaparece e pouco tempo, permitindo que se retorne ao ritmo anterior.

Por Revista O2 – março de 2011

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