sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Depoimento Camila Roma: Campeonato Paulista de Duathlon - Superando Obstáculos


Oi Pessoal!
Td bem?

Aqui vai meu depoimento sobre o campeonato paulista de duathlon..e na seqüência as fotos:

Como havia escrito em 2011 resolvi deixar de lado as provas longas de corrida e encarar outras modalidades para realizar o sonho do triathlon..

Em meados de março resolvi me dedicar 100% ao ciclismo para encarar o campeonato paulista de duathlon.. Afinal a corrida eu já me sentia em casa, mas a bike estava começando.. Lembro da véspera da prova em que soube que haviam poucas meninas e o troféu estava garantido, só precisava completar. Convidei toda a família para prestigiar, e na cia. da querida Marcela me senti confortável para encarar minha primeira prova de ciclismo. Chegando na prova, pela marcação nas pessoas, descobrimos que não havia troféu ganho e foi um motivo a mais para fazer uma prova no limite! Era tudo novo pra mim que vinha de treinos longos. Corremos muito forte, pedalamos forte e corremos mais forte para juntas chegarmos em 2o e 3o lugar! Foi incrível.. Depois de tantos treinos de resistência jamais esperei um dia correr num ritmo abaixo de 5:00min/km. E a estratégia de prova com vácuo entre o mesmo sexo proposta pelo prof. Fernando foi fundamental. Concluí a prova com a certeza de que participaria de todas as etapas, afinal ela acontece há poucos kms de casa...

Tudo estava bem planejado, a segunda etapa seria em julho, como preparação para minha estréia no triathlon em agosto no troféu Brasil. Infelizmente a Má teve uma lesão na época e fui encarar a prova sozinha. Tive muitos treinos específicos e para mim que sou mais resistência do que velocidade, não era nada fácil ter treinos curtos daqueles que o coração parece que vai sair pela boca. Mas as orientações foram excelentes, e só tenho a agradecer o apoio de todos os professores a cada treino e ao apoio carinhoso da Claudinha que sempre me incentivou! As conversas aos sábados foram fundamentais para que eu não abandonasse o campeonato.

...infelizmente a prova foi adiada e acabou acontecendo 2 semanas antes do TB. Foi uma prova dura, estava tensa, preocupada em não me lesionar para o TB. Fiz uma boa prova, melhorei o tempo, fiz amigos, fiquei em 2a na categoria, mas tb senti na pele o lado ruim do triathlon. A competitividade e a postura de algumas pessoas me deixou assustada e nesse momento tive o apoio da querida amiga Cris que me apresentou o lado bom e o ruim do esporte, e eu, assim como nos solitários treinos de maratona, passei a sentir falta dos treinos no pelotão. Mas assim é o triathlon, temos que fazer os treinos de força, "sem direito
" ao vácuo, mas jamais deixar a competitividade não saudável e o individualismo tomar conta!

Passada a excelente e gelada estréia no troféu Brasil de triathlon foi a hora de voltar para o pelotão e aos treinos para a última etapa do duathlon..

Uma semana após o TB passei por momentos difíceis e infelizmente a suspeita de "síndrome do pânico". Eu me esforçava para voltar a vida normal de treinos, mas uma inflamação no ombro se estendeu para o peito e eu tinha dificuldade para respirar. Acompanhada pelos meus médicos eu sabia que a pior solução seria parar de treinar naquele momento. Lembro-me de voltar e não acompanhar o pelotão e ser carinhosamente acolhida pelo Ricardo após crise de choro. Mas persisti..aos poucos fui colocando a vida em ordem, acalmei a correria e consegui voltar aos treinos com cautela..foi quando, 1 mês antes da ultima etapa do duathlon sofri uma queda na raia junto com o professor Danilo. Foi tenso! Sou grata por todos que cuidaram de mim naquela hora. Em especial o Sheik que conseguiu me fazer rir num momento de nervoso, e ao querido Jeronimo que me levou para o hospital e lá ficou comigo até receber alta. Foi um grande susto! Bati a cabeça e tive medo, pois as dores surgiram com o tempo. Ainda estou em acompanhamento de um ortopedista especialista em quadril. Dias depois eu não tinha dores, mas tinha "choques", em função da batida em região de nervos no quadril e gluteo.. E também surgiu uma lesão no tornozelo que aguardo ressonância para ter a liberação 100% do médico.

Bom.. Dificuldades a parte, NÃO DESISTI. Mais uma vez tive apoio da Race com treinos específicos para a prova e também direcionados de modo a não piorar uma possível lesão no tornozelo. Sem voltar ao pelotão tive treinos sozinha de muita força durante a semana e alguns em cia. da querida Camilla, que também se prepara para provas sem vácuo. Aos sábados mudei de horário e ganhei bons companheiros em pelotão pequeno...Cris, Má, Sofia, Sheik, China, Cá, casal Bittar, Jê.. todos estavam ao meu lado não deixando que eu tivesse medo de voltar ao pedal...

Medo vencido, superei obstáculos mentais e físicos e fui para a prova! Era a ultima etapa e não podia forçar por recomendações médicas, mas como não forçar em prova de contra relógio? Eram muitas as mulheres e deixei total de lado a possibilidade de pódio, só pensava em terminar e terminar bem! Fiz uma prova forte, focada, mas de muita calma e nenhuma pressão psicológica.
Me diverti, fiz amigos, dei risadas, brinquei..e além de chegar em 4a na categoria e 8a no geral, melhorei meu tempo e fiquei em 2o lugar geral do campeonato. Era a superação de todos aqueles obstáculos que precisava passar. Era a prova de que nossa mente é capaz de vencer todos os desafios que pela nossa vida passarem, somada à paixão pelo esporte!

Obrigada Ricardo, obrigada Mari.. Por esta equipe que me acolheu tão bem este ano. Obrigada Danilo, Fabrício e Fernandinho por me ajudar a vencer o desafio de pedalar, cair e voltar a pedalar. Claudinha.. Agradeço o incentivo de sempre. E aos meus amigos queridos que ganhei neste ano, companheiros de treino e de vida!

Agora é questão de pensamento positivo, treino, fisioterapia e tempo....para em breve estar de volta ao pelotão Race!

Camilinha

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 5 de 5

O treino de intensidade é sempre associado com melhoria da velocidade. O que mais o treino de intensidade traz de bom? (melhoria cardiorespiratória, maior gasto calórico, motivação)?

Todos esses itens com certeza melhoram com os treinos de intensidade, explicando: para atingir um ritmo de velocidade maior que o habitual, precisamos dar estímulos em situações de maior estresse muscular e ventilatório, e para suprir esse desgaste, o organismo acelera seu metabolismo e isso também precisa de um maior gasto calórico. Ao correr intervalos em velocidade acima do normal, “ensinamos” o nosso organismo a tolerar o desgaste gerado por isso, melhoramos a remoção das substâncias que resultam das quebras químicas que ocorrem no esforço físico e então ao corrermos novamente no ritmo habitual, suportaremos mais tempo no mesmo ritmo e com um certo “conforto”. Esse conforto faz com que a pessoa tenha mais confiança para treinos de maiores distâncias e isso gera uma motivação extra.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 4 de 5

Qual é a principal queixa em relação a esse tipo de treino e como você lida com as alunas mais “preguiçosas"?

Com certeza, a principal queixa é a grande solicitação de esforço exigido nesses treinos, ao final de cada intervalo de corrida a pessoa fica extremamente ofegante e em algumas vezes com a sensação de fraqueza.

Com alunas preguiçosas, explicamos que esse treino melhora mais rapidamente o condicionamento físico pela exigência que ele solicita do sistema cardiorespioratório. Outra coisa: o gasto calórico aumenta muito nessas situações e isso é um grande argumento.


Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 3 de 5

Como fazer com que seja o menos desconfortável possível?

O desconforto inicialmente faz parte desse tipo de atividade, pois ela solicita muito de fontes anaeróbias, como foi dito. Porém, podemos minimizar fazendo um bom aquecimento correndo em um ritmo bem leve por uns 15 minutos. Os primeiros treinos podemos escolher distâncias menores, como 200, 300, 400 metros, pois já farão o efeito desejado e não causará maiores danos.


A preparação para os treinos de intensidade é diferente, em relação à alongamentos e fortalecimento muscular?

Sim, com certeza esse tipo de treino exige maiores cuidados. O alongamento inicial será importante para preparar a musculatura aumentando a irrigação sanguínea, não sendo necessária grandes amplitudes articulares. O fortalecimento muscular é praticamente obrigatório! A intensidade da corrida gera um desgaste muscular, articular e dos tendões muito grande e o fortalecimento muscular ajuda tanto na proteção desses componentes como na recuperação pós treino.

Por Fernando Pessoa - Professor da RAce

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 2 de 5

Como incluir esse treino na planilha?

Normalmente utilizamos 1 vez por semana somente pois eles promovem um desgaste muito grande da musculatura, das articulações e demais componentes que envolvem esse contexto. A duração não é muito longa pois atingimos nosso objetivo dentro da relação volume-intensidade (nesse caso, mais intensidade com menos volume) e varia por volta de 30 minutos.


Quando é o momento de começar?

Após uns 2 meses de treinamento já poderemos começar com algum estímulo nesse sentido, aproveitando que a pessoa já terá a essa altura, uma boa noção de ritmo de corrida.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Primeiros treinos de intensidade - 1 de 5

Como o treino pode ajudar na performance?

São treinamentos que melhoram muito o sistema muscular e respiratório, pois exigem uma adaptação do organismo em resposta ao estímulo que foi dado. Estímulo esse que solicita muito as vias anaeróbias, que somente são recrutadas em situações de grande gasto energético. Em outras palavras, esses treinos são realizados “acima” do padrão de rodagem que normalmente corremos, tanto no ritmo, como na freqüência cardíaca e isso acarreta grande demanda energética e precisa de repouso entre as sessões, não podemos pensar em prescrever esse tipo de treino de 2 ou 3 vezes na semana.

Por Fernando Pessoa - Professor da Race

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dicas para mulheres iniciantes - 4 de 4

Quais são os principais erros cometidos por essa iniciante? Como evitá-los?

Não seguir o plano determinado pelo profissional responsável, pulando etapas e submetendo o organismo à situações de extremo stress físico. Realizar treinos em dias consecutivos também não é uma idéia interessante de início, pois promove um alto desgaste e poderá trazer um desconforto que se tornará um grande obstáculo posteriormente.


Que tipo de dores é comum sentir nesses primeiros dias de treino? Como amenizá-las?

Dores musculares decorrentes do esforço, o organismo produz substâncias devido ao exercício e elas trazem essa sensação de dor. O ideal é respeitar seu corpo e permitir que ele se adapte cada vez mais a essas exigências.

Alongamentos freqüentes também parece ser uma boa medida de alivio nas dores, desde que não seja um alongamento exagerado.


Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dicas para mulheres iniciantes - 3 de 4

O que ela não pode sair para treinar sem e por que?

Além do vestuário adequado, o monitor cardíaco (frequencímetro) é o equipamento que vai ajudar a realizar o treinamento dentro de sua zona alvo ideal e permitir um treino dentro de sua realidade e respeitando a individualidade.


Qual a importância de saber sua pisada desde o início?

Para se avaliar as curvaturas e características do pé para que assim se utilize um tênis adequado às suas necessidades e evitar eventuais lesões decorrentes dessas posições anatômicas.


Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dicas para mulheres iniciantes - 2 de 4

No início, com qual regularidade se deve fazer os exercícios? Por que é importante começar caminhando e, gradualmente iniciar os treinos de corrida?

No início podemos realizar a primeira etapa com 3 dias por semana e entre 30 e 40 minutos de duração.
É comum começar com caminhadas para que ocorra uma adaptação de todas as estruturas relacionadas à essa atividade, tais como os músculos, os tendões, as articulações. O sistema cardiovascular responderá prontamente à esse estímulo, pois tem uma adaptação mais rápida que as demais e permitirá que o processo de evolução se desenvolva dentro da normalidade.


Quais são os equipamentos de corrida indispensáveis para a iniciante?

Primeiramente a roupa deverá ser confortável, um bom tênis com amortecimento e o frequencímetro, que é o grande aliado do corredor!!!


por Fernando Pessoa - Professor da RACE

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dicas para mulheres iniciantes - 1 de 4

Quais as dicas que você daria para as mulheres que estão começando a correr?

Ter disciplina, respeitar seu organismo e paciência para ultrapassar cada etapa.
Importante também escolher um local agradável para o treino, um horário adequado que faça parte de sua rotina.


Que tipos de exames ela deve fazer antes de começar? Quais são os indispensáveis e os complementares?

Exames clínicos em geral. Os exames indispensáveis são os cardiológicos, sangue e ortopédicos.
Como complemento, um teste cardiopulmonar, uma avaliação física, nutricional e psicologia do esporte.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

10 motivos para começar a caminhar

1- QUALIDADE DE VIDA – a caminhada proporciona melhor condicionamento cardio vascular que é de grande benefício para o organismo.

2- SONO: O organismo aproveita melhor as horas de sono, no momento em que tem os ganhos fisiológicos do exercício.

3- CORAÇÃO: Fortalece e melhora sua eficiência. Gradativamente, o indivíduo tem capacidade de bombear mais sangue com menor esforço.

4- Maior controle dos níveis de colesterol.

5- Pressão arterial: Melhor controle de pressão arterial de repouso, devido a melhoria da elasticidade dos vasos.

6- Redução dos riscos de infarto.

7- RINS: Melhora sua função de filtrar as substâncias tóxicas que circulam pelo corpo.

8- CÉREBRO: Aumentam os níveis de serotonina, que está relacionado à depressão.

9- CIRCULAÇÃO: O sangue circula mais pelo corpo, aumentando e melhorando a entrada de oxigênio e nos órgãos.

10- GLICEMIA: Diminuição nas taxas de glicose, células tornam-se mais sensíveis à insulina, reduzindo os níveis de açúcar no sangue.

11- Sociabilidade: você faz novas amizades em grupos de caminhada e aumenta o prazer da atividade física.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Treino em Subidas

Quais são as vantagens de um treino com ênfase em subidas?
São muitas vantagens: melhoria da técnica de corrida, aumenta a capacidade neuro-muscular no recrutamento de fibras musculares melhorando a velocidade, trabalhando os músculos mais usados em treinos de força e resistência.

Treinar em subidas traz uma melhoria de velocidade no plano?
Sim, pois o sistema nervoso central “ensina” a musculatura à recrutar mais fibras musculares no momento da contração, ou seja, ganho de força.

E os ganhos em resistência, são muitos?
Também, pois o treino de subida promove adaptações neuro-musculares que melhoram a potência aeróbia, relacionada com a resistência utilizada na prova. Ocorre uma melhora na eficiência de remoção do lactato produzido (acidose muscular).

Como o atleta que está treinando para 21 km pode inserir as subidas no seu treino?
Ele deve ter preferencialmente uma base de treinamento e de força nas pernas. Uma forma de inclusão seria 1 X por semana e com subidas de pouca inclinação e com distâncias de 200 ou 300 metros.

Com que frequência esses treinos de subida devem ser feitos?
Entre 1 ou 2 vezes semanais.

Quais cuidados devem ser tomados ao iniciar as subidas e por quê?
Os cuidados devem começar pela quantidade de sessões, pois muitas subidas podem prejudicar os joelhos, além de exigirem muito das panturrilhas e também da musculatura posterior da coxa.
Atenção especial para a postura, afim de que não haja desperdício de energia.

Como deve ser a inclinação?
A inclinação não pode ter níveis elevados para não alterar ou dificultar a mecânica de corrida do atleta. Dependendo do nível de condicionamento e do objetivo, as inclinações podem variar entre 5 e 10° .

Que dicas você dá para os corredores que estão treinando subidas (por exemplo: contração abdominal, diminuir passadas, outras...)
Quanto à postura:
Olhos- olhando para frente e evitar olhar para os pés.
Cabeça- procure mantê-la erguida, facilitando olhar à frente.
Tronco- Ligeiramente inclinado para frente (evite curvar-se muito!). Não é interessante curvar-se muito para que se evite a pressão no diafragma, importante para a respiração.
Pernas- encurte um pouco as passadas e ao mesmo tempo aumente sua freqüência.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Maratonistas Veteranos - 4 de 4

7) O que preocupa esses corredores, muitas vezes, não é o passado e sim o “daqui para a frente”. Como definir os novos limites, em um conceito de correr menos para correr mais?

O “daqui para frente” está intimamente ligado com um fator que poderemos usar a nosso favor: a teimosia em se superar.
Explicando: com o passar dos tempos, passamos por inúmeras experiências e chega o momento em que parece que já vimos de tudo. Porém queremos sempre mais, e isso pode ser um bom aliado para que continuemos a melhorar e nos mantermos “treinados”, pelos objetivos e pela saúde! Nos mantendo assim, a longevidade parece estar garantida!


8) Algo mais que queira acrescentar?

Devemos mesmo dar a devida atenção para o público mais experiente e dar-lhes a devida atenção, pois eles tem muita coisa boa para nos passar e também bons conselhos.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Maratonistas Veteranos - 3 de 4

5) O Celso Ribas nos disse, por e-mail: “É difícil para um corredor enfrentar a realidade de não tentar mais concluir uma maratona abaixo de 5 min/km e sim aceitar que agora o objetivo é concluir abaixo de 6 min/km, esse min faz muita diferença.” Como podemos auxiliar esse corredor?

Explicando a ele que faz parte do processo natural do organismo e que os maiores objetivos de um corredor já foram alcançados, além de que a maratona é um desafio único, para poucos, e independentemente do tempo, ele faz parte de um seleto grupo e corredores.


6) Tem mais um ponto do e-mail dele que acho interessante ter a sua opinião: “Busco nas revistas informações voltadas para nós, os velhos corredores, continuo correndo mesmo depois de divórcios, falência, um câncer e muitos problemas, mas a alegria de cruzar uma linha de chegada foi o que me ajudou a superar tudo e continua me trazendo alguns dos melhores momentos da vida.”

A sensação de cumprir uma prova realmente é maravilhosa, resultante de reações químicas que ocorrem devido à resposta fisiológica do organismo ao esforço físico e que proporciona um bem estar sem comparações e que também poderá curar toda e qualquer preocupação ou problema de ordem de saúde.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maratonistas Veteranos - 2 de 4

3) Existem indicações de como manter a motivação com os treinos mesmo quando o corpo não responde da mesma maneira? Poderia exemplificar?

A motivação segue na mesma linhagem de adequação à nova realidade, ou seja, muitas vezes podemos manter as mesmas distâncias que antes eram percorridas, porém com gasto maior de tempo decorrido. É normal também a velocidade diminuir, juntamente com a flexibilidade, e usamos isso para trabalhar a idéia de que ao realizar treinos e provas mais lentamente, podemos “curtir” a atividade por mais tempo.


4)Para quem começa a correr após os 50 anos, quais são os cuidados?

Muitos, começando por uma minuciosa bateria de exames médicos, ortopédicos e alimentares. O treinamento deve respeitar a individualidade da pessoa e a evolução nos treinamentos deverá ser gradativa, começando com caminhadas, e posteriormente partindo para novos objetivos.
Devemos tomar cuidado com os objetivos propostos para não haver nenhuma decepção pois as respostas metabólicas não serão como de uma pessoa jovem.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Maratonistas Veteranos - 1 de 4

1) Como maratonistas veteranos devem se comportar com o passar da idade?

Primeiramente é interessante que o maratonista entenda que trata-se de um processo normal e que nosso organismo com o passar dos anos sofre essa ação catabolica (“desgaste” da musculatura) pelo tempo. Importante também se adaptar a nova realidade pois os músculos, os tendões e ligamentos já não suportam mais as rotinas e cargas anteriormente utilizadas.


2)A partir de que idade há declínio de performance e como o atleta pode adequar objetivos, metas e treinamento para correr de maneira saudável e sem lesões?

A idade de declínio de performance depende muito de cada indivíduo, além do fator genética e sexo.Como segurança e forma saudável para se obter novos objetivos, uma boa qualidade de vida tem grande importância, como alimentação, acompanhamento médico entre outras coisas.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Depoimento Ana Néri - Superação!

Desde criança fui adepta a esportes, minha aula preferida era Educação Física, e no colégio que estudei, era no mesmo horário das outras disciplinas.
E minha professora, que era a mais severa da escola, só permitia a saída para Ed. Física, daqueles que passassem primeiro por uma chamada oral de tabuada, e para uma criança da 2ª.série era um desafio e tanto, então este foi o meu 1º. desafio esportivo: decorar a tabuada.
No dia que acertei todas as perguntas da chamada oral, fui toda feliz para a quadra poliesportiva e para minha decepção recebi a notícia de que não haveria aula aquele dia, pois a professora por motivo particular havia faltado. Continue estudando como nunca a tal da tabuada, que claro para cada aula se repetia a chamada. Coisa que hoje, tem de muita serventia, sou craque em tabuada rsrs.
Nos meus 12 anos já era federada no voleibol pela minha cidade, Guarulhos.
Para treinar passava cada perrengue, até assaltada 2 vezes a caminho dos treinos eu fui, mas nunca desistia.
A vida estudantil e profissional me afastou um pouco dos treinos de vôlei, mas sempre ia pra lá e para cá em academias, em clubes batia uma bolinha, e até em empresas que trabalhei formava grupos para disputar entre áreas e até entre empresas.
Experimentei o tênis, que foi uma atividade que me envolveu de uma forma diferente, era somente eu contra um adversário, mas que exigia uma inteligência e estratégia que me desafiava muito. E aquilo foi realmente envolvente e desafiador, e como uma boa ariana, adoro desafios, e o que mais me deixava à vontade é que eu não precisava ter contato direto com o meu adversário, e isto para mim é bem confortável, gosto de uma briga intelectual e não física rsrs. E foi a partir do tênis que comecei a me desvincular de grupos para fazer uma atividade física individual.
Para uma pessoa acostumada a praticar um esporte como o vôlei, em grupo com espírito de equipe, eu sempre achei chato atividades solitárias como a corrida por exemplo. Pensava que correr pedia demais do meu corpo, era um conjunto de controles diversos como: correr, fazer a pisada direito, controlar a respiração, movimento coordenado dos braços e pernas, nooooosssa achava que era demais para mim.
Mas a partir do programa do Vida Leve que nos deu a oportunidade de experimentar a “tal corrida” eu resolvi dar o braço a torcer, e ver de perto tudo aquilo que só ouvia meus amigos falarem, como: “Nossa correr é muito bom, causa uma dependência semelhante a droga, mas é melhor pois é saudável”. Eu ouvia aquilo e pensava, que cara doido, onde já se viu tanto esforço, não deve ser tão prazeroso assim.
Bom, comecei a correr em março de 2010... e a cada dia eu entendia mais aqueles meus amigos que já estavam viciados na tal corrida. Pra mim a corrida era o desafio só meu... onde a cada passada eu desafiava a minha resistência física, e a cada fim de treino eu me sentia mais e mais forte, pois tinha vencido a mim mesma. Eu traçava um treino e sempre ia além dele, para mostrar a mim mesma que eu podia... e pode ter certeza você sempre pode.
Isto é o que mais me empolgava com a corrida, eu até acredito que o vício venha daí, desta química de querer sempre mais.
Em julho de 2010 já estava correndo alguns poucos km, e estava toda feliz com isto.
Quando um dia indo para um treino fui atropelada, o que me causou uma tíbia fraturada. E, portanto, afastada da corrida para conhecer um mundo de fisioterapias e terapias alternativas para uma recuperação mais rápida.
Teve momentos de muita depressão, pois o meu corpo tinha acostumado com o ritmo das corridas, uma impotência e a falta da endorfina levava a muitos momentos de tristeza.
Mas quando via que isto iria me atingir eu usava a fisioterapia como meu novo esporte, e via cada músculo reagindo e se preparando para voltar.
Até que em Janeiro de 2011 eu voltei às caminhadas leves, caminhadas mais pesadas, pequenos trotes, sempre muito incentivada pelo meu treinador Danilo, e às vezes pegava pesado comigo, e falava: vamos Ana você já pode dar mais de você”. E sabe quando você fica frágil e achando que ainda não esta 100%, puro medo...
E mais uma vez vamos buscar aquele sentido desafiador.... e a cada volta eu dizia não vou sentir nada, e mais uma e mais uma... e hoje estamos em julho de 2011 , exatamente 1 ano depois do acidente...
Estou fazendo 6km de puro vício, sei que é pouco, mas só hoje amanhã serão 6 + alguns metros e mais alguns metros.
Hoje me sinto como aqueles meus amigos, sou uma viciada, e alguns amigos meus já sabem que não podem marcar nenhum compromisso nos dias dos meus treinos, eles são inadiáveis...esta é minha vida , este é meu clube rsrs.
Às vezes me pego olhando para aquelas esteiras de academia e falo, ai que vontade de dar uma corridinha, eu comparo a esta sensação como de uma vitrine de doceira. Ai que vontade que dá rsrs.
Quanto a minha fratura, eu aprendi que não vai ser um ossinho ruim de roer que vai fazer eu parar de correr.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O que o corredor desenvolve com o treino longo, fisicamente e psicologicamente?

Como já foi citado anteriormente, as adaptações fisiológicas que ocorrem em resposta à esse tipo de atividade física são das mais importantes e de grande valia para o organismo.

Fisicamente, além de melhoria estética corporal, temos ganho na regulação da pressão arterial, melhora na capacidade cardiorrespiratória, diminuição do esforço cardíaco em situações do cotidiano, maior controle de níveis de colesterol, auxílio para melhorar a glicemia, melhora a função renal para filtrar substâncias tóxicas do organismo, previne a osteoporose devido a melhor formação da massa óssea, e tantas outras.

Psicologicamente, uma grande e significativa mudança é a melhora no humor pois estimula importantes hormônios relacionados ao bem estar. Além disso, melhora a qualidade do sono e influencia positivamente na auto estima.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Como deve ser a evolução para o aumento da distância e do tempo correndo?

O que mais se utiliza em programas de treinamento para maratonistas, por exemplo, são aumentos semanais em torno de 10% do total de quilometragem rodado, uma vez que devemos reservar pelo menos 12 semanas para esse planejamento, ao final dessas 12 semanas, o atleta terá rodado por volta de 80 km, o que já é bem expressivo.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Qual a frequência cardíaca que você aconselha aos seus alunos?

A freqüência cardíaca é um parâmetro de muita individualidade, devemos lembrar sempre que para indivíduos diferentes, uma mesma freqüência cardíaca pode resultar reações totalmente diferentes. O ideal será que o indivíduo tenha passado por exames médicos e exames de esforço para que se conheça quais são seus limites de tolerância e segurança.

Para exercícios de corrida de longa duração, deve-se utilizar entre 60-70% da freqüência máxima atingida em teste ou pela fórmula 220 – idade, porém, existem outras fórmulas para nos orientar em relação a intensidade do exercício.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Depoimento por Leandro Bittar: L'Etape du Tour


Acabamos de chegar. Pensei muito no que quanto e no que eu deveria te dizer. Afinal, desde que entramos na Race nossa história no ciclismo se transformou e esse momento na França foi o ápice.

Antes de qualquer coisa, então, muito obrigado.

A prova foi maravilhosa. A energia é contagiante e chegamos com uma certa folga, melhor do que havíamos previsto. Todos que foram conosco tb completaram. O Fernando Jaruche foi um grande herói e completou a prova mesmo depois de ter sido cortado. Foi um momento mágico para muita gente que leva o ciclismo com muito mais prazer do que obsessão por resultado.

A minha prova, particularmente, não foi das melhores. Fiquei muito nervoso no dia anterior. Na prova, estava muito bem na primeira subida, mas já no Galibier comecei a sofrer muito com as cãimbras. Me arrastei até o topo da montanha, parando de tempos em tempos para alongar e jogar água nas coxas. Na descida me recuperei bem e estava num ritmo muito bom (enquanto não tinha cãimbras, pedalava muito bem). O Alpe d'Huez foi duro. Por tudo. Tive que saltar da bike várias vezes com os músculos travados. Cheguei a pensar que não conseguiria completar, mas fui l pegar minha medalha! rs

Não consegui identificar o erro, pois tive uma boa alimentação, hidratação e suplementação já pensando nas cimbras, mesmo assim, elas vieram.

Para finalizar, fiquei muito orgulhoso da Flavinha, brava guerreira, chegou muito pouco tempo depois de mim.

Pode preparar a planilha pq voltaremos para voos maiores no próximo L'Etape.

>Missão cumprida, mestre. Bora para a próxima.

Existe alguma contra indicação para esse tipo de treino?

Todo exercício físico a princípio promove adaptações fisiológicas que trazem benefícios em todos os aspectos. Porém, há casos de pessoas que apresentam alguma alteração pré existente, dentre elas, pode ser consideradas como contra indicado para o exercício de longa duração:

- alterações cardio vasculares (arritmias, infarto)
- presença de hipertensão arterial, pois o exercício promove reação hipertensiva.
- pessoa com clínica, laboratório ou eletrocardiograma instável.
- condições infecciosa ou inflamatórias em atividade.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Qual o preparo adequado antes do treinamento de longa duração? E para a recuperação?

Quando estabelecemos uma rotina de treinos, e principalmente uma rotina rígida como essa, o ideal é não fugir tanto do que se está habituado. A alimentação deverá ser rica em carboidratos, evitando alimentos gordurosos, e a hidratação sempre respeitando a quantidade de 2 litros ou mais de água diário.

Outro fator importante também são as horas de sono, o descanso é importante aliado da performance e deve ser respeitado. Alguns minutos antes do treino, um bom alongamento para preparar os músculos, articulações e tendões para o esforço.

Na recuperação também deve seguir semelhante ao anterior ao treino, não se deve expor o organismo a esforços desnecessários após um treino longo. Pode-se optar por massagens, alongamentos ou atividades variadas de baixa intensidade (por exemplo, uma leve natação).

segunda-feira, 18 de julho de 2011

E para distâncias acima de 42 km? São chamados Endurance?

Sim, podemos chamar de endurance que é uma forma de referirmos aos treinamentos de distâncias maiores relacionadas à resistência aeróbia.

Acima de 42 km são as chamadas ultra-maratonas, são provas que possuem várias distâncias (50, 60 ou até 100 km!) e também podem ser classificadas por tempo (12 horas ou 24 horas, etc).

É importante a quilometragem total da semana, deve-se analisar a distância da prova e programar muita quilometragem. Por exemplo, para uma ultra-maratona de 60 km, pode-se “rodar” até 60-65 km em um único final de semana divididos entre o sábado e domingo, ou sábado uma maior rodagem e domingo o complemento, além dos treinos durante a semana.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Como deve ser o treino longo - dentro de um planejamento - para iniciantes nos 5km, para uma prova de 10 km, para meia-maratona e maratona? Qual a quilometragem indicada para treinos longos voltadas para cada uma dessas distâncias?

Por treino longo, entende-se que será uma distância que extrapole a que será percorrida na prova, geralmente utilizamos o final de semana para realização deles.
Para corredores iniciantes nos 5 km, podemos trabalhar em cima de percurso semelhante à prova, pode-se pensar entre 6-7 km uma vez na semana.

Para 10 km, teremos que levar em conta que a intensidade poderá ser determinante. Se fizermos um longo com 8 ou 9 km, por exemplo, em intensidade mais elevada, poderemos realizar os 10 km tranqüilos. Se fizermos um longo de 11 ou 12 km com uma intensidade mais moderada, teremos adaptações fisiológicas que também ajudarão no desempenho dos 10 km.

Para ½ maratona e maratona, teremos algumas particularidades. Não é indicado tentar fazer exatamente a distância da prova, e sim, aumento gradativo trabalhando-se as adaptações aeróbias que ocorrerão. Pode-se incluir treinos dentro do ritmo desejado na prova, o que explica o fato de não ser necessário a distância completa nos treinos.

Explicando em números:
Para ½ maratona, longos de até 18 km, podendo-se ou não “acelerar” o ritmo em alguns treinos.
Para maratona, longos progressivos de 22, 24, 26, 28...até no máximo 36 km.


Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quais os benefícios dos treinos de longa duração?

O treinamento de longa duração engloba uma série de benefícios dentre eles, uma melhora no sistema cardiovascular que é responsável pela permuta entre oferta de O2 (nutrientes) e remoção de produtos de “sobra” metabólica e também substancial melhora nas funções hemodinâmicas.

Também as adaptações aos treinamentos de endurance resultam em resistência a fadiga. Então ocorre um aumento na fibra que liga o capilar ao músculo reduzindo assim a distância em que as moléculas de O2 devem difundir para alcançar as fibras que estão trabalhando. Além disso, a mioglobina muscular aumenta após o treinamento de endurance. Finalmente, ocorrem grandes adaptações na capacidade das células de oxidar combustíveis. O treinamento induz um aumento no VO2máx. Em um indivíduo inicialmente destreinado, o aumento no rendimento cardíaco e outros fatores centrais induzem o aumento cardíaco em aproximadamente metade do aumento em VO2máx. O rendimento cardíaco se eleva como resultado de um volume de pulsação, aumentando enquanto a FCmáx pode ser levemente inferior ou igual a níveis de pré-treinamento. A contratibilidade cardíaca aumenta e a hipertrofia são sugeridas como um mecanismo possível para aumentar o volume de pulsação.

terça-feira, 12 de julho de 2011

A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM LESÃO DE MENISCO/CARTILAGEM

Lesões dos meniscos e da cartilagem articular do joelho são bastante comuns na população geral e em esportistas. A ressonância magnética (RM) é o método de imagem mais adequado para fazer o diagnóstico dessas lesões, assim como determinar seu grau e sua extensão. Este exame complementar é frequentemente solicitado por ortopedistas e médicos do esporte, depois do exame físico e da análise da história clínica, com o objetivo de auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento de seus pacientes atletas e não atletas. As informações obtidas na RM são valiosas para se determinar o tipo de tratamento a ser adotado: clínico conservador, ou cirúrgico. 

Os meniscos (medial e lateral) são fibrocartilagens que possuem várias funções no joelho como, por exemplo, contribuir para a estabilidade articular e proteção contra impacto. A cartilagem é uma camada que reveste toda a superfície articular do fêmur, tíbia e patela (rótula), e também tem função protetora sobre os ossos do joelho, além de promover o adequado deslize entre estes ossos nos movimentos da articulação.

 As lesões meniscais e de cartilagem podem ser agudas ou crônicas: 

As lesões agudas meniscais e condrais (de cartilagem) em esportistas são geralmente traumáticas, decorrentes de entorses, e podem ou não estar associadas a outras lesões (fraturas, contusões ósseas, lesões ligamentares, etc. 

A RM revelará se há rotura meniscal, em qual dos meniscos ela se situa, além de determinar a configuração da rotura (longitudinal, oblíqua, horizontal, tipo alça de balde, etc) e a sua extensão: se compromete apenas uma porção do menisco ou se estende por todo ele.


Lesões agudas - As lesões agudas de cartilagem também são muito bem identificadas nos exames de ressonância magnética do joelho. Elas podem se apresentar como áreas de afilamento variável, desde uma leve erosão superficial até o extremo de perda completa, com exposição do osso subcondral (subjacente). Em alguns casos, há desprendimento de fragmentos de cartilagem, que se soltam e se tornam corpos livres intra-articulares, causando sintomas específicos.

Lesões Meniscais - Lesões meniscais crônicas são de causa degenerativa (desgaste), sem que haja necessariamente um episódio traumático ou rotura propriamente dita. Estas alterações se iniciam em pacientes acima dos 30 anos. Como há uma relação próxima entre meniscos e a cartilagem articular, lesões/roturas crônicas em meniscos podem levar a alterações degenerativas e erosões/afilamento da cartilagem articular, causando diminuição na resistência à carga vertical e impactos.

Pacientes ou atletas mais velhos, geralmente acima dos 50 anos, já podem ter algum grau de osteoartrose do joelho (processo degenerativo osteoarticular), e a RM complementa de forma muito mais detalhada a avaliação dos meniscos e da cartilagem articular, visto que as radiografias iniciais são insuficientes para este tipo de diagnóstico.

 A ressonância magnética tem altíssima sensibilidade e especificidade para fazer o diagnóstico de lesões meniscais e condrais, quando interpretada por um radiologista com experiência em músculo-esquelético. Por isso, este exame quase que invariavelmente complementa a avaliação clínica em algum momento do acompanhamento dos pacientes e atletas.


Por Dr. Milton Miszputen

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Relato da Daniela Barcelos sobre a o Circuito das Estações - Etapa de Invero

Domingo, 3 de julho, milhares de pessoas estavam reunidas para vencer mais um desafio na vida de corredor: os 10Km da segunda etapa Circuito das Estações em São Paulo.

O dia estava com um excelente clima para correr, que favorece e muito para nós corredores.
Cheguei cedo e após retirar meu chip fui direto para a barraca da Race que sempre me recebe sempre muito bem e passa uma energia mais que positiva.

Conversei com alguns alunos sobre corridas e assim chegado próximo o momento da largada, fui até o pórtico para me posicionar.

Ao som da buzina a corrida iniciou. Mais uma prova de 10Km nestes meus 10 anos de corrida, sendo que a Race está presente em 6 anos de todos estes. Parece que foi ontem, quando meu irmão levou-me até a USP e conheci os professores e profissionais da Race e todo apoio necessário a minha vida de corredora.
Essa prova foi diferente para mim. Pois na largada eu vi que pelo menos umas 5 meninas estavam a minha frente. Quando entramos na Avenida Pacaembu comecei a alcançá-las e depois passei todas. Eu me mantive em 1ª até aproximadamente o quilômetro 4. Isso nunca isso havia acontecido, é uma sensação muito boa e indescritível, parecia até um sonho rsrs.

Mas após o quilômetro 5 duas meninas passaram por mim, mas segurei o ritmo e garanti o 3º lugar. Um resultado que para mim foi duplamente comemorado: o pódium e a minha melhor marca nos 10Km.

Este resultado eu dedico a equipe Race, tenho um enorme carinho e gratidão a todos. Vocês me ensinaram a correr! Foram e são essenciais na minha melhora, pelo fornecimento de orientações, dicas, apoio e amizade.
Foi através da Race que conheci o real mundo da corrida.

Ótimos treinos e provas a todos e até a próxima!

Daniela Barcelos

sexta-feira, 1 de julho de 2011

PESQUISA INTERESSANTE!

O corredor da Race Pedro Moreira gostaria de saber a sua opinião e pedir alguns momentos de sua atenção para responder um questionário (prometo que é bem rápido!!) que será de suma importância para avaliarmos se um negócio é sustentável ou não. O nosso objetivo é oferecer mais comodidade aos atletas que participam de corridas de rua na retirada do kit. O questionário não vai demorar mais do que 2 minutos. Acesse, http://tinyurl.com/3fxj6c7
Gostaria de agradecer à RACE pelo apoio, e a todos que responderam à pesquisa.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Treino no Inverno

Você quer motivo maior para treinar no inverno do que saber que ele é o prazo final para se obter resultados reais antes do tão esperado verão?

Sim, pois deixar para malhar lá pelos meados de outubro, novembro sendo épocas da chegada do calor e receber uma “magia” que nos modifique e nos deixe em plena forma apenas dentro desse período fica quase impossível.

Nosso organismo precisa o tempo todo de atenção e os devidos cuidados com a saúde e o inverno com as suas baixas temperaturas não é diferente. Devemos lembrar que as comidas e também as guloseimas de inverno, além de tentadoras, são muito calóricas e sem atividade física a relação consumo/gasto calórico ficará muito mais pendente para o lado do consumo. Trágico não???

Sabemos que no frio, o nosso organismo “pede” mais alimentos, nossa fome aumenta e o cuidado na ingestão de mais calorias deve ser redobrado. E, portanto, o exercício físico retoma seu papel fundamental nesse equilíbrio.

Não é necessário que o indivíduo altere substancialmente sua rotina de treino, mas algumas coisinhas podem ser consideradas. Independentemente do tempo total da sessão de treino, o aquecimento passa a ter uma função ainda mais importante: dedique-se a ele. Como?
Sugestão: você poderá fazer um breve trote de 5 minutos no máximo, depois sim o seu alongamento habitual e iniciar o treino!

Outra dica: hidratação.
Mantenha o consumo de água! A hidratação é necessária sempre e por estar frio, não sentimos tanta sede e também necessidade de nos refrescar, e é aí que cometemos esse erro, pois é necessário ingerir aproximadamente 2 litros de água por dia (que pode ser também na forma de sucos, chá etc).

Devemos sempre manter a atividade física como qualidade de vida, no inverno também! Afinal, o verão vem logo após, e precisamos chegar em forma a tempo e não tentar adquirir tudo em cima da hora!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Hidratação com carboidratos durante as corridas

Tem dúvidas sobre a hora certa de se hidratar com carboidratos nos treinos ou em uma corrida? Confira 5 passos para ter uma hidratação perfeita.


Uma dúvida muito frequente entre os corredores de rua é sobre qual a hora certa de hidratar-se com carboidratos em um treino ou em provas. Para resolver esse problema que assombra, e muitas vezes atrapalha o desempenho, faremos os 5 passos para a hidratação perfeita!

1- O uso de carboidratos só deve ser iniciado a partir de 1 hora de exercício, antes disso apenas mantenha a hidratação com água.

2- Após 1 hora de corrida, o organismo já começa a perder eletrólitos (sais minerais) e a depleção de glicogênio (perda de carboidratos) começa a prejudicar a performance, portanto, agora é a hora de pensar em uma bebida esportiva, ou nos géis a base de hidratos de carbono.

3- Uma opção para corridas mais longas é a cinta de hidratação, na qual geralmente existem de 3 a 5 compartimentos que comportam de 200 a 300 ml, nos quais podemos utilizar as bebidas esportivas. Um exemplo é a maltodextrina (uma ótima opção de carboidrato), que fornece energia durante as atividades físicas intensas e de longa duração, através da liberação da glicose para a circulação, reduzindo a fadiga muscular.

Para a maltodextrina atingir uma absorção satisfatória e eficiente, a diluição tem que ficar em torno de 6 a 10%. Outra opção é o gel de hidratação, que fornece um mix de carboidratos (geralmente frutose e maltodextrina) que age da mesma forma que as bebidas esportivas. A única diferença é que não se pode tomá-lo sem a ingestão de água na sequencia, pois, por ser muito concentrado, o gel pode causar desconforto gástrico e não agir da maneira correta, portanto, é muito importante tomá-lo com 200 ml de água.

4- Durante a prova, após ter feito a primeira hidratação com carboidratos, as demais devem ser feitas a cada 20 a 30 minutos, dependendo muito das condições climáticas.

5- Uma dica fundamental é sempre estudar o percurso e a altimetria da prova, além de saber em quais quilômetros estarão os pontos de hidratação para poder traçar a melhor estratégia e bater seus recordes pessoais!


Por Marco F. Jafet, da Jafet Nutrição, parceiro da RACE
http://www.jafetnutricao.com.br/

terça-feira, 14 de junho de 2011

Continuação da matéria das mulheres...

Para você que não sabe, o crescente aumento da participação das mulheres em treinos e corridas vem contribuindo, e muito, sob vários aspectos à serem observados.

Você, homem, já correu ao lado de uma mulher que é determinada? Caso afirmativo, você deve ter percebido que ela foi detalhista em relação ao conteúdo do treino, obedecendo ritmo, a distância, a hidratação e tudo que envolve a boa performance e que foi previamente determinada pelo professor!

Existem também os casos de mulheres que passaram a freqüentar os grupos de corrida, também as corridas de rua e, por assim dizer, se apaixonaram tanto que esse entusiasmo contagiou até quem não dava tanta bola para a corrida: seus maridos, noivos ou namorados! Sabemos de casos em que o casal somente corre por causa da “teimosia” da mulher em incentivar o homem.

Casal unido, corre unido certo? Nem sempre.

O marido já corria pelas ruas de São Paulo há um bom tempo e de tanto ver e acompanhar as suas performances, ela decidiu que correria também e qual foi o resultado disso? Hoje em dia, o tempo da mulher nos 10 km supera o do marido, é a garra feminina em ação de novo.

Outra vantagem: fica fácil presentear a pessoa, pois caso você já não tenha mais criatividade na escolha do presente de aniversário ou Natal que tal um tênis no modelo e cor que ela gosta? Ou aquele frequencímetro tão necessário na corrida?

A procura por provas pelas mulheres chegou a tal ponto que foi necessário organizar provas exclusivas para elas e olha que o número de inscrições nessas provas sempre se esgota muito antes da data! Com certeza, as ruas ficam muito mais bonitas com a presença delas.

Outra vantagem em relação à participação feminina: a companhia em uma sessão de treino ou numa prova. A determinação feminina faz com que se cumpra o objetivo traçado.

E quanto às viagens? Nada melhor do que ter uma parceira corredora e combinar uma viagem e participar de determinada prova, pelo Brasil ou no exterior, assim termos motivos a mais para planejar novas aventuras.

Assim parece que realmente surgiram novas parceiras/amigas/namoradas/esposas atletas corredoras para a classe masculina não ter do que reclamar. As vantagens , como vimos, são inúmeras, só não vale reclamar que elas estão muito aceleradas...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Evolução da participação das mulheres

Se você já esteve em alguma prova e de repente passa por você aquela pessoa, sexo oposto, inteira, respiração tranqüila, passadas firmes...não se assuste! São “os dias de hoje”. Elas vieram para ficar!

Se em outras épocas já não era tão comum ver um homem correndo sozinho pelas ruas ou em grupos participando de treinamentos, o que diríamos de uma mulher nessas mesmas condições?

Tudo mudou (e para melhor!), mais pessoas em parques, treinos e provas correndo. Claro que as mulheres entraram na “correria”. Quem acompanha as corridas percebeu um súbito aumento na participação delas.

E ainda, nós treinadores, percebemos o interesse e a forma detalhada e minuciosa – que já é peculiar às mulheres – na maneira de compartilhar informações, de aprender sobre o contexto da corrida e, assim, se interar nesse mundo que cada vez cresce mais.

Compreendendo tudo o que envolve essa atividade física desde o porquê de um exame médico, de uma avaliação física e de um acompanhamento de um profissional de Educação Física, elas notaram e comprovaram que podem estabelecer limites e superá-los!!! Afinal, sabemos que a mulher normalmente se dedica mais em todos os ramos de qualquer atividade devido à sua alta capacidade de percepção.

Às vezes até limites superiores ao de um homem, comparados dentro de alguns critérios proporcionalmente pré-estabelecidos, em outras palavras, uma mulher de 40 anos pode ter tempos na corrida proporcionalmente melhores que um homem de 25!!

Elas realmente são poderosas!!!!!!!

Por: Fernando Pessoa, professor da RACE

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Relato do nosso aluno Valter Ide sobre a prova Bay to Breakers 2011

Bay to Breakers 2011, San Francisco, CA, USA

Viagem de férias marcada e eu resolví procurar uma corrida em San Francisco. Encontrei esta que seria a sua 100a edição mas de apenas 12km. Fiquei até desconfiado, não conhecia nenhuma corrida com tanto tempo de vida assim mas resolvi arriscar.

Como toda corrida nos USA a inscrição foi cara (US$75) mas como diz meu cunhado: tá no inferno, abraça o capeta! Paguei US$10 a mais e peguei uma camiseta tipo DriFit pois a camiseta da corrida era de algodão como é padrão nas corridas americanas.

Interessante, a corrida (de 12km) utilizava o mesmo conceito da ING New York Marathon para a largada: em ondas (waves)! E o mais incrível, a 2 meses da corrida eu só conseguí lugar na largada junto do pessoal que terminaria os 12km em....2h30mins!!!!

Dias antes da corrida, recebi as instruções para retirada do kit na feira da corrida no sábado. Dean Karnazes estaria lá, logo depois de terminar sua última façanha: correr de Los Angeles a New York! Outro que estaria por lá era o Meb Keflezighi, atleta americano que foi o segundo na Maratona das Olimpiadas quando o padre irlandes atrapalhou o Vanderlei Cordeiro.

No dia da feira, fui pegar o kit e foi tudo bem organizado sem bagunça apesar do anúncio de que seriam 50 mil participantes. A feira era bem menor que a da ING New York Marathon mas pra uma corrida de 12km estava muito bom. Era do lado de uma loja da REI (http://www.rei.com ) onde fui comprar algumas roupas de frio pra minha filha.

Neste dia fiquei sabendo que a largada seria as 7am mas a minha "onda" seria apenas as 8am, uma hora depois!! Parece que os 50 mil participantes era verdade...

No dia da corrida fui de carro, de Sunnyvale a San Francisco. Achei um estacionamento público que por causa da corrida cobrou o mesmo preço de um dia de semana (US$10) e era perto da largada. Enquanto me dirigia pra (minha) largada, os da primeira onda já estavam passando perto de onde deixei o carro. Estava frio, devia estar uns 8 graus. Resolvi correr com uma manga comprida por baixo da camiseta da Race. Tinha gente com luva, gorro, blusa, calça, etc..

No caminho para a largada vejo pessoas fantasiadas com muita e pouca roupa. Há premios para algumas categorias de fantasias.

No local da largada, decido entrar e correr a esperar pela minha onda. Muitos estavam fazendo isto e (infelizmente) resolvi fazer o mesmo. Ainda faltavam mais de 40 mins pra minha largada.
Logo na largada percebo que tanto corredores como caminhantes teriam que dividir o trajeto: corredores pela esquerda e caminhantes pela direita. E que seria impossível fazer uma corrida de tempo, iria apenas curtir pois tinha tanta gente (50mil) que teria que correr desviando de muita gente. Era mais fácil correr pros lados do que pra frente...rs

O trajeto é muito legal, praticamente atravessamos San Francisco de leste (Pier) a oeste (Pacífico). Muito reto e a partir do km 2 pudemos avistar o que nos esperava no km 4: uma subida com elevação de 70m em relação à largada!! E ninguém parou não. Quem estava correndo continuou correndo e quem estava andando continuou andando.

Logo depois da subida, uma reta/descida. Em um dos postos de água desse trecho vejo uma cena engraçada: um senhor vai pegar um copo d'agua e quem entrega geralmente são meninas (16anos?!). Ele diz:" não olhe pra mim, apenas me entregue o copo. Eu sou sem-vergonha, não olhe pra mim!". É porque além do tênis/meia, ele vestia apenas um boné....rs

De maneira geral o trajeto mostra uma San Francisco diferente. Depois da subida chegamos em um bairro residencial próximo da Universidade de San Francisco e já do lado do Golden Gate Park, local da chegada. Mas engana-se quem pensou que era o fim. Teríamos pelo menos uns 5km pra correr dentro do parque, em descida! Nesse trecho começou a chuviscar mas durou pouco, ainda bem. Pude ver uma banda tocando música para animar os corredores.

Dentro do parque conseguí correr mais forte e diminuir meu tempo. Outra banda e esta começa a tocar "Eye of the Tiger" ( Rocky, o Lutador ) e o povo começa a delirar. Até me empolguei e quando estava pegando um ritmo legal, vejo...o mar!!

Estava chegando ao fim meus 12km. Olho para o relógio e vejo que não corri mesmo. 12km em 1h17mins!!!!! E tinha muita gente na minha frente, comigo e ainda por vir!

Logo depois da chegada vejo umas cestas com frutas. Pensei em pegar quando vejo placas com preço. Eram de moradores, estavam vendendo frutas!

De repente aparece uma mesa comprida no meio da rua por onde andamos. Era a distribuição da medalha. Eles apenas rabiscam num canto do seu número de peito que a medalha foi entregue. Nada de devolver o chip, assim como em NY usamos o D-Tag, aquele "chip de papel" que é descartável.

Sigo a multidão. Chegamos numa área onde estavam distribuindo bebidas e comidas (brindes). Uma guerra pra conseguir uma garrafa de um suco de pessego. Morango e uva nem pensar. E engana-se quem acha que só brasileiro pega pra levar pra casa. Ví muito americano pegando várias garrafas de água e suco pra levar pra casa.

Continuo seguindo o povo. Eles estão indo pra área de encontro com as famílias. A minha está em Sunnyvale, pelo menos 1h de carro dalí. Resolvo mudar o rumo e seguir para o local de partida dos ônibus que levariam os corredores para pontos como a largada ou estação de trem.

US$14 pra me levar próximo do meu carro em um ônibus de turismo de luxo Nada mal.
De volta ao estacionamento onde está o meu carro, vejo que as ruas ainda estão fechadas para a corrida. E já se passaram pelo menos 3hs desde a largada!

Chego ao estacionamento, não está frio como na largada. Pego o carro e mais 1h até ver minha família.

Valeu pela experiencia.
Fotos em http://www.flickr.com/photos/ingbaytobreakers/
Como descobrí essa corrida?! http://wwwactive.com

Por Valter Ide

terça-feira, 24 de maio de 2011

Prova VO2 - Desafio Serra de Campos

Segue comentários dos nossos alunos campeões que fizeram a prova no final de semana passado:

MAURICIO CESTARI

Entendo que todos que não logram subir pedalando, me incluo nesta, devem creditar TOTAL responsabilidade ao treinador que não nos preparou adequadamente...he,he,he.

Entendo que participei de um duathlon, foi uma caminhada acompanhada de pedal.

A organização também pisou na bola pois soube que faltou água para os últimos, nesta me excluo...por sorte.

Não preciso participar de outro desafio neste percurso, não me trouxe nenhuma satisfação, é um percurso muito sofrido.

Se preciso de alguma coisa? Sim, um descanso de uns três meses...fiz em 03h17min., foi esforço uma maratona.


KAMILLA PONTES

A prova foi muito dura mas bastante interessante. Deu para ver o tamanho da encrenca...

Consegui finalizar sem empurrar a bike em 2:27! Fiquei feliz com o resultado dos treinos.

Levei uma queda logo na primeira subida pois embolou e muitos foram parando e a pessoa logo a minha frente caiu e nao teve como desviar. consegui voltar e segui em frente...



Queríamos felicitar a todos os nossos alunos que participaram da prova!!! Vamos em frente, em busca de mais desafios!!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Psicologia esportiva e as lesões

Depreende-se da Psicofisiologia do Esporte e do Exercício que o ato de correr de forma contínua e constante favorece a diminuição dos níveis de estresse e, por conseguinte, desacelera os níveis de cortisol e é liberada endorfina na corrente sanguínea. Assim, durante a prática da referida modalidade, sente-se bioquimicamente e psicologicamente uma sensação de êxtase total e de completo bem-estar.

Conforme o exposto anteriormente, a sensação de prazer que é despertada pelo ato de correr faz com que, muitas vezes, praticantes desta modalidade esportiva excedam em seus treinos e em suas competições, ocasionando o overtraining e, em alguns casos, o burnout (distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso). Com isso, o que geralmente acontece é um acúmulo de ácido lático nos músculos, dores intensas, e possíveis lesões esportivas.

Mas, quando isso acontece, o que se deve fazer?

Quando se diagnostica que o atleta, seja ele amador ou de elite, apresenta sintomas de burnout, o que se verifica é que há uma “saturação emocional do atleta devido à sobrecarga física e mental, que é considerado um estado avançado da síndrome de overtraining”(Samulski, 2009).

Com toda esta sintomatologia, o praticante de corrida acaba tendo um efeito contrário em seu rendimento esportivo, uma vez que seu nível de desempenho na atividade tenderá a reduzir, podendo além disso sofrer lesões esportivas importantes.

Quando se está acometido por algum tipo de lesão física proveniente do excesso ou do próprio desgaste físico dos treinamentos e competições, o atleta deverá parar com suas atividades até que se recupere e se restabeleça. E o que se deve fazer, primeiramente, é consultar um médico do esporte para que, juntos (médico e atleta), encontrem a melhor maneira de se fazer uma reabilitação adequada ao caso.

É válido ressaltar que uma lesão física não surge isoladamente, ou seja, uma lesão física também costuma vir acompanhada de uma lesão emocional, uma vez que o atleta estará obrigado a parar todo seu treino e sua rotina esportiva em prol de sua pronta e eficaz recuperação.

Com isso, as principais reações psicológicas são sentimento de raiva, impotência, tristeza, medo,fadiga, incredulidade, negação, baixo auto-estima e, em alguns casos, depressão. Assim, é salutar que o atleta procure um psicólogo do esporte, uma vez que somente este profissional é capacitado para manejar os aspectos físicos e psicológicos de uma lesão.

Uma técnica comumente utilizada para atletas de alto rendimento é o “treinamento mental ou visualização”, associado ao processo terapêutico tradicional. Esta técnica permite que, ao se visualizar o processo de cura com sucesso, se reduza as expressões fisiológicas e verbais de medo e de dor por meio do envio de sangue à área lesionada e, por conseguinte, o processo de cura seja mais rápido.

Por Daniela Lago Chaves Koerbel - Revista O2 por Minuto
http://o2porminuto.uol.com.br/

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Corrida na terceira idade

Veja como a atividade física pode ser benéfica e adequada para quem já passou dos 60 anos


Com o aumento dos participantes da melhor idade (terceira idade) em provas de 5Km, 10Km e maratonas, além de outras atividades esportivas, é importante algumas considerações sobre a fisiologia dessas pessoas, que certamente estão cada vez mais saudáveis por estarem praticando esportes.

A população idosa vem aumentando consideravelmente e a atividade física regular associada ao envelhecimento surge como um importante meio de prevenção de lesões, e promoção de saúde para esta população.

À medida que os anos passam, tendemos a ir alterando nossos hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupação pouco ativas. Os efeitos dessa redução da atividade são muito sérios. Entretanto, com a atividade física regular, pode-se amenizar a velocidade com que as modificações naturais surgem.

Está comprovado que quanto mais ativa é uma pessoa, menos limitações físicas ela tem. Dentre os inúmeros benefícios que a prática de exercícios físicos promove, um dos principais é a proteção da capacidade para a realização das atividades do cotidiano ou atividades da vida diária, além de:

• Prevenir o desenvolvimento de diabetes.
• Redução dos níveis de triglicérides.
• Redução do percentual de gordura corporal.
• Redução das alterações cardiovasculares e pulmonares.
• Redução dos riscos de trombose.
• Aumento na capacidade física, elasticidade e equilíbrio, coordenação motora e conscientização corporal diminuindo o risco de quedas.
• Auxilio na prevenção e no tratamento da osteoporose.
• Diminuição de dores articulares
• Melhora na imunidade, que pode diminuir a incidência de infecções.
• Efeitos benéficos sobre a pressão arterial sistêmica.
• Redução do risco de doença coronariana e morte.
• Atividade física facilita a interrupção do tabagismo
• Prevenir o ganho de peso.
• Prevenção ou retardo do declínio cognitivo.
• Maior independência para realização de atividades diárias;
• Melhora da auto-estima e da autoconfiança;
• Reduz problemas psicológicos, como ansiedade e depressão
• Significativa melhora da qualidade de vida.

O tipo de exercício físico mais recomendado para pessoas acima de 60 anos no passado era o aeróbio, pelos seus efeitos no sistema cardiovascular e benefícios psicológicos. Este tipo exercício, juntamente ao alongamento, ainda se mantém entre os mais indicados e procurados nesta faixa etária enquanto exercícios de força entram em declínio. Entretanto, é necessário destacar a importância dos exercícios de força para a manutenção da força muscular, do equilíbrio, agilidade e capacidade funcional.
A prática regular da atividade física apresenta inúmeros benefícios, porém, alguns riscos devem ser considerados, sendo a avaliação clínica, levando em consideração as alterações próprias da idade, fundamental para que os benefícios sejam maximizados e os possíveis riscos minimizados.

Qualquer indivíduo que apresente qualquer alteração de pressão arterial ou função cardiorrespiratória necessariamente precisa se submeter a um exame médico geral antes de iniciar qualquer programa de atividade física. Recomenda-se também uma avaliação cinética-funcional completa dando-se maior destaque para a força muscular, equilíbrio, postura, condições articulares, avaliação da capacidade aeróbica, além de aspectos nutricionais e nível de hidratação.

Um programa de exercícios deve constar de aquecimento, alongamento, atividades aeróbicas e período de recuperação. O primeiro e o último períodos devem ter duração média de 20 minutos já que a pressão arterial e o nível de respiração retornam à níveis estáveis lentamente. Lembrando que a atividade deve se iniciar com esforço mínimo e progredi de forma lenta. Usar o material esportivo adequado a atividade escolhida também é muito importante. Calçados e roupas inadequados podem prejudicar a performance. Não esqueça de se hidratar e usar protetor solar.

A escolha da atividade é feita individualmente, levando-se em conta a preferência pessoal, pois não adianta fazer uma atividade que não se sinta bem praticando; a aptidão necessária, já que algumas atividades dependem de habilidades específicas e o risco associado à atividade, visto que alguns exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos.

É importante que você que tem mais de 60 anos se conscientize de que a atividade física é muito importante para seu cotidiano, pois colabora com sua saúde, agindo sobre o envelhecimento, e evitando muitas vezes a sua limitação funcional.

O envelhecimento para muitos é visto como o fim da vida, em que a pessoa idosa não tem mais condições de realizar com firmeza as tarefas que sempre executou, mas, pelo contrário, os idosos ainda têm muita vontade de viver, só lhes falta a oportunidade para isso, e através da atividade física essas pessoas podem mostrar ainda que são capazes de muito mais.


Por Revista O2 Por Minuto
http://o2porminuto.uol.com.br/

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para que servem as “palmilhas” nos atletas?

Um novo conceito de prescrição e confecção de palmilhas utiliza os princípios da Podoposturologia e da neurofisiologia da postura humana. As Palmilhas Posturais são confeccionadas a fim de realizar uma reprogramação postural por meio de elementos ou barras de EVA que serão dispostas em lugares estratégicos para reduzir o pico de pressão e distribuir a força de reação ao solo por toda a região plantar.

Tenho visto diariamente em minha prática, o uso e a indicação indiscriminada de palmilhas, sendo que muitas vezes, a correção do gesto esportivo, fortalecimento muscular e alongamentos musculares ajudam demais ao invés de se prescrever a palmilha.

Outro fator é a indicação correta do tênis para prática esportiva. Hoje temos tecnologias para quaisquer tipos de pisada e peso do atleta, por exemplo. Sendo assim, creio que a utilização da palmilha não seja necessária nestes casos.

Quando indicar? Em casos de patologias já instaladas e que o tratamento conservador não tenha tido efeito, como por exemplo fasciites plantares (dor na planta do pé), esporão de calcâneo, fraturas por stress em tíbia e metatarsos. Vejo nestes casos uma melhora quando feita em conjunto com a fisioterapia.



David Homsi - Consultor Webrun da seção Fisioterapia. Ministra cursos e palestras em diversas universidades e congressos no Brasil. Fisioterapeuta com experiência internacional e especialista em fisioterapia esportiva pela Sonafe (Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva) e FMU, além de ser mestrando em Ciências da Reabilitação. Professor da pós-graduação da FAGAMMON em reabilitação músculo esquelética esportiva. Hoje está na equipe de medicina esportiva Dr. Osmar de Oliveira. Site: www.davidhomsi.com.br

terça-feira, 19 de abril de 2011

Relato do Carlos Luz (Caca) da prova Cape Epic

Caros Colegas,

Tenho de reconhecer que depois de 20 anos de MTB, correr o Cape Epic foi uma grande surpresa, já tinha ouvido falar muito desta prova, mas depois de participar meu conceito mudou muito, pois esta foi a melhor prova que já corri, tudo é nota dez. A organização se empenha de tal forma que você só precisar trazer sua Bike e o corpo em forma, o resto eles providenciam. Largadas com horário rigoroso, sendo que seu tempo só começa a marcar após a passagem pelo tapete de Chip, desta forma mesmo esperando os 1.200 atletas que largam na sua frente você não é prejudicado, depois nos dias que não existia espaço para todos largarem juntos eles organizam as largadas por sua classificação no tempo Geral.

Todo dia tinha de 3 a 5 pontos de apoio, pois a cada 35 Km existe um ponto de apoio com mecânico, medico, repositor energético e tudo organizado e rápido. Todos se empenham ao Maximo para atender os atletas com a máxima rapidez. Na chegada, sempre uma torcida aplaudindo e o locutor homenageando com se todos fossem os primeiros a chegarem, sem contar o comitê de chegada com uma sacolinha com um lanche que mais parecia um almoço.

Todos os dias nossas pernas eram colocadas a prova, pois cada dia tem uma surpresa especial, ou uma súbita técnica ou muita mas muita pedras ou decidas técnicas e muita areia, mas muita mesmo. Os locais são muito bonitos com um visual de refrescar qualquer um somente com um rápido olhar. Tudo é feito para levar os atletas ao seu Maximo, sendo que são três dias duros e depois um prólogo que serve para repor as energias, mas não pensem que é um dia livre pois são 32 Km onde poucos atletas conseguiram zerar o circuito. No dia seguinte ao prólogo vem a prova de fogo 143Km de MTB , para muitos este deve ter sido o Record de pedal de MTB para um dia, sendo que na altura do Km 100 existe uma subida de 1.000 metros de ganho de altitude e, para checar se os atletas estão em forma mesmo, o Dr. Evil prepara uma etapa Rainha ou seja 128 KM com 2.700 metros de ganho de altitude, sendo que os últimos 20 KM são de puro Single Trek dentro de matas de eucaliptos. Depois de todos estes testes os atletas podem relaxar, pois no ultimo dia são só 59 KM com um ganho de 1.700 metros e uma vista de hipnotizar qualquer um.

Amigos recomendo a todos um dia passar por este vestibular, pois depois de 8 dias de Cape Epic você vai se sentir um verdadeiro MTBiker, pois não é uma prova que qualquer mortal consiga terminar, pois no caminho existem muitas armadilhas, tais como câimbras, dores musculares, assaduras, ralados e machucados diversos sem contar que se a Bike não for de primeira linha, com certeza não ira conseguir acabar esta dura prova.

Aproveito a oportunidade para agradecer ao Ricardo Arap por ter me convencido a participar, ao pessoal da Ciclo Ravena por ter aprontado minha bike em tempo Record e ao Saudoso Japinha que construiu um quadro fantástico que nada mais é que a Bike ideal para fazer um Cape Epic.

Abraços Carlos Luz - Caca

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Proteção aos olhos na atividade física

A prática da corrida propicia melhor qualidade de vida sob todos os aspectos, porém devemos sempre nos prevenir para muitos detalhes em relação à alimentação, vestuário etc.

Vale também lembrarmos de uma importante região que não deve ser esquecida: os olhos.

Assim como outros tantos esportes, a corrida também é realizada muitas vezes sem a devida proteção aos olhos. Dependendo da lesão, poderá ocorrer perda parcial e até total da visão.

Apesar de haver uma incidência muito baixa de casos, o contato com outros atletas em provas ou treinos acontece. Cotoveladas, objetos arremessados (copo de água) e outros motivos podem levar a esses tipos de lesões. Cabem alguns cuidados como por exemplo ficar a uma distância segura do competidor que estivar a sua frente e ao lado, pois há relatos de pessoas que pelo simples fato de se virar um pouco para observar algo, projetaram sua mão para o lado e atingiram algum competidor.

Também sabe-se que um copo de água (vazio ou cheio) poderá proporcionar lesões oculares graves.

Além desses fatores, excesso de suor, a poeira, insetos, areia, protetor solar e até ventos fortes e muita luz solar são agentes externos que poderão acarretar irritação e em alguns casos, a conjuntivite.

O uso de óculos protetores evitam muitos desses problemas, porém devemos saber que existem alguns critérios para a escolha do modelo de óculos, a saber:

1 - O modelo ideal de óculos de sol é o que tenha proteção 100% contra os raios ultravioletas. Devemos levar também em consideração a resistência das lentes, o uso de materiais leves e a boa fixação no rosto, evitando que eles escorreguem durante a atividade física.
2 - São recomendados aqueles que cobrem, além dos olhos, as pálpebras e que barram a luz lateral.
3 - E para quem usa óculos de grau, a indicação é optar por armações que acomodam lentes escuras sobrepostas às de grau.
4 - No caso de muita luz solar, cuidado com lentes plásticas, pois elas não possuem o mecanismo que bloqueia a radiação solar.


Por Fernando Pessoa - professor da Race

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sedentarismo e corrida

A globalização dos dias atuais, as intermináveis informações provenientes da internet e as mais variadas formas de comunicação entre as pessoas convergiram para uma nova realidade no campo da saúde e qualidade de vida: a atividade física.

A dúvida, ou ainda, o desafio para muitos ainda persiste: conseguirei iniciar uma atividade física rotineira e obter o tão sonhado condicionamento físico para atingir metas nunca imaginadas?

A resposta é sim!

O sedentarismo está se tornando obsoleto, fora do comum. Parques, academias e até as ruas são recheadas agora pelo indivíduo comum que está cada vez mais aberto à pratica esportiva. E resultados surpreendentes aparecem.

O maior desafio, sem dúvida, para muitos, é a iniciativa de começar a se mexer. Sabemos que 3 vezes por semana de atividade física de intensidade moderada por 40 minutos já reflete algum benefício nos sistemas cardiovasculares, ósseo, imunológico dentre outros. Porém, já se sabe que estudos concluíram que essa rotina semanal teria efeitos mais significativos com até 5 vezes semanais!!

Várias dicas podem servir para um começo de atividade física diríamos, menos “sofrível”, à saber:

1 - Reserve um tempo para você, para cuidar de sua saúde. Para quem realmente quer um resultado, tempo não é problema!;
2 - Escolha a atividade física que mais lhe agrada, faça algo que goste;
3 - Faça todos os exames médicos pertinentes e saiba quais são seus limites;
4 - Procure um profissional de Educação Física gabaritado pelo CREF;

A caminhada/corrida são realidades que caíram no gosto do brasileiro e por que não dizer de todo o mundo. O número de praticantes cresceu assustadoramente e hoje em dia são milhares de praticantes.

A corrida é um esporte democrático, não exige classe social e não dependemos daquela turma de pessoas ou amigos para sua prática. Claro que correr com amigos é muito gratificante, porém você pode simplesmente pegar sua camiseta, shorts, meia e tênis e sair treinando independentemente de qualquer circunstância.

Deve-se seguir uma lógica de treinamento em relação às intensidades, sempre com cuidado, pois o sistema cardiorrespiratório tem uma incrível capacidade de se adaptar ao esforço e normalmente responde rápido e com eficiência ao estímulo realizado. Mas os componentes articulares, tendões e ligamentos precisam ser “protegidos” e também merecem atenção especial.

Inicialmente com caminhadas de 40 min podendo chegar até 50. Quando sentir uma melhor condição, poderá intercalar caminhada com um trote, ainda sem muita intensidade.

O passo seguinte será um aumento gradativo de intervalos de trote ou corrida, até chegarmos ao nível de correr continuamente.

Após essa fase, o organismo já “pede” mais! Você já tem condições de aumentar a freqüência semanal, passando de 3 vezes para 4 e um ligeiro aumento nas distâncias percorridas. Somente então, poderemos pensar em aumentar na intensidade, o que já requer uma boa adaptação de todo o organismo.

Quando trabalhamos com a intensidade, aumentam os riscos de lesões musculares ou de outro componente envolvido, deve-se tomar muito cuidado e observar as respostas que o corpo nos indica.

Assim, com as devidas qualidades físicas trabalhadas e sempre com acompanhamento do professor de Educação Física e de seu médico, você poderá aumentar sua quilometragem semanal até atingir distâncias similares por exemplo, como a São Silvestre.


Por Fernando Pessoa - professor da RACE

terça-feira, 29 de março de 2011

Respirar é preciso

“Movimento involuntário mexe tanto com a movimentação da corrida quanto do respirar”.

Inspirar e expirar. Automático, o movimento da respiração quase não é notado. Apenas fazemos. Mas controlar esse ato involuntário pode ser um problema durante a corrida, principalmente para os iniciantes. Na verdade, o mais importante é que durante a corrida o atleta deixe a respiração o mais natural possível, não tentando ritmá-la com as passadas, que é um grande erro. José Kawazoe Lazzoli, médico especializado em medicina do esporte, acredita que uma das grandes causas do baixo rendimento dos atletas em provas ou treinos é quando se respira pela boca. “A inspiração pela boca acaba ressecando as vias aéreas. Além disso, o nariz possui uma espécie de ‘filtro’ para impurezas maiores do ar inspirado. Com isso a respiração fica mais difícil”, alerta.

BOCA ABERTA OU FECHADA
A verdade: não existe regra ou base científica que diga como deve ser a respiração, de boca aberta ou fechada. Quando recebemos uma orientação que corrige a nossa respiração, podemos estar atrapalhando o sistema regulador. Este tem um centro de controle no cérebro que recebe informações detectadas por receptores sensíveis às variáveis que a respiração controla.

DOR DO LADO
Também conhecida como “dor no flanco”, ela aparece no hipocôndrio – parte baixa do abdome –, na região do fígado, logo abaixo das últimas costelas do lado direito (e, raramente, no esquerdo). Surge sempre como uma dor intensa e aguda no decorrer de exercícios, principalmente durante a corrida e natação. “Essa dor se deve a uma momentânea falta de oxigênio no diafragma (importante músculo que é essencial para a respiração) ou a uma distensão nos ligamentos suspensores do fígado”, explica Flávio Freire, diretor técnico da Flávio Freire Assessoria Esportiva. Quando o corredor sente a dor, sua primeira reação é parar, mas não é necessário suspender o treino. Basta diminuir a intensidade da corrida que a dor desaparece e pouco tempo, permitindo que se retorne ao ritmo anterior.

Por Revista O2 – março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Entrevista com Fernando Pessoa: DORES DE TREINO

Quais são as causas dessas dores de inicio de treinamento?

Em relação ao iniciante, podemos entender que essas dores são decorrentes de “micro” rupturas nas fibras musculares envolvidas no esforço. A adaptação da musculatura ao esforço faz com que essas dores desapareçam com a sequência dos treinos.

Geralmente, os iniciantes quando sentem essas dores, costumam interromper os treinamentos. Isso é certo ou errado?

Errado, pois devemos dar continuidade ao trabalho, porém de uma forma menos intensa, e assim adquirir o condicionamento e adaptação geral ao exercício.


Como evitar essas dores pós-treino?

Conhecendo os limites do praticante (através de testes físicos e avaliação médica), podemos identificar o que poderá ser um treino de baixa, média ou alta intensidade. No caso do iniciante, o primeiro ciclo de treinos será na baixa intensidade sempre.

Quais são os cuidados que um iniciante precisa ter para evitar essas dores?

O praticante de qualquer atividade física sempre deve passar inicialmente por consulta médica, realizar exames clínicos e avaliação física.
O passo seguinte será o de consultar um profissional de Educação Física para organizar e quantificar o seu programa de treinamento. Deve-se respeitar a individualidade de cada um e começar de forma leve e gradativa para se obter os melhores resultados.

Fique a vontade para fazer alguma consideração sobre o tema. Algo que gostaria de citar e não foi perguntado.

A corrida de rua atingiu patamares nunca antes imaginados no que se diz respeito ao número de praticantes, divulgação, quantidade de provas e tudo mais que envolve o mundo das corridas de rua. Portanto, novos grupos de amigos, assessorias especializadas, viagens para locais distantes em busca de provas e, principalmente, atingir metas pessoais, são os efeitos que essa modalidade proporciona aos praticantes. Em outras palavras, uma febre!

Hoje em dia, deparamos com situações que fogem ao controle do professor pois muitas pessoas sentem-se verdadeiros atletas de competição e arriscam-se em treinos ou provas que não condizem com sua realidade físico e/ou emocional. Devemos tomar cuidado e não sermos precipitados pois o corpo tem limites e eles devem ser sempre respeitados. Ouça seu treinador/professor e seja ponderado!

Bons treinos, boas provas!!!!!!

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

quinta-feira, 24 de março de 2011

Depoimento por Bia Neres: prova de triathlon que mais gostou!

A prova que mais gostei de fazer foi o meu primeiro olímpico: 1.5K natação; 40k bike e 10K corrida.

Esta prova, patrocinada pela Federação Paulista de Triathlon, ocorreu em Brotas em dezembro de 2010. A Federação chamou os 70 melhores atletas (amadores) de todo o Brasil para participar do evento.

Considero como a melhor prova, pois, além de ter sido um desafio (dobrar as distâncias de prova que fazia anteriormente), foi uma superação encarar um pedal com 20 K de subida muito íngreme, fechando com uma corrida de 10K forte. O dia estava muito quente e conquistei a segunda colocação.

A experiência de saber que poderia SIM terminar uma prova mais longa e com maoires desafios me fez criar novas metas e um objetivo muito maior: Olimpíadas 2016!!!!!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

MUSCULAÇÃO X CORRIDA

Não é mais novidade que a corrida de rua atingiu patamares até então inimagináveis. Muitos são os praticantes e muitos são os objetivos também. Porém, o que pouca gente sabe é que existe uma ferramenta comum à todos e que pode ajudar-nos a atingir nossos objetivos de uma forma a minimizar problemas decorrentes da prática da atividade física: a musculação.

Quando praticamos qualquer atividade física, solicitamos trabalho muscular. Trabalho esse que envolve também articulações, tendões e ligamentos. Esse conjunto de ações precisa se desenvolver de modo que não ocorra prejuízo para nenhum componente. A musculação passa a ter, portanto, papel fundamental ajudando à fortalecer a massa muscular para que ocorra uma melhor qualidade de contração e “proteção” para as articulações, os tendões e os ligamentos evitando que esses recebam uma carga de trabalho maior do que deveria.

Quando aumentamos a massa muscular (também conhecida como a massa magra) melhoramos a capacidade do músculo em armazenar energia e consequentemente melhoramos a captação de oxigênio e assim, melhor performance.

A musculação pode também melhorar a mecânica do movimento, uma vez que com mais oxigênio na musculatura, podemos executar os movimentos específicos da corrida com mais economia. Isso também explica o fato de que não podemos nos prender naquela falsa idéia de que a musculação deixa o corredor mais “lento”.

Outro fator muito importante da musculação: prevenção de lesões. Sabemos que musculatura fortalecida suporta cargas e estímulos mais intensos evitando contraturas musculares, estiramentos, torções em articulações ou sobrecarga nos tendões e ligamentos.

Quanto às sessões de treino, podemos fazer a musculação em qualquer lugar e com vários tipos de equipamentos. Podemos também dispor de todo tipo de tempo para a sessão de 15 minutos até 1 hora, por exemplo.

A carga deverá ser sempre prescrita por um profissional de Educação Física que quantificará o percentual da carga, que normalmente fica entre 50 e 60% da carga máxima (é a maior carga que conseguimos executar em 1 repetição) e também utiliza-se entre 3 e 4 séries de 20 repetições com intervalos de 1 entre cada série.

Por Fernando Pessoa - Professor da RACE

terça-feira, 22 de março de 2011

Entrevista com Bia Neres!!

A mais nova aluna da RACE, a triatleta Bia Neres, que no começo de 2011 participou da prova Internacional de Triathlon em Santos e conquistou a primeira colocação no geral feminino amador, sendo a quinta melhor colocada na categoria profissional, com um tempo de 2 horas e 16 minutos, contou para a RACE algumas curiosidades sobre sua carreira.


A quanto tempo pratica o triathlon?
10 meses.

Qual foi o motivo que te levou a fazer triathlon?
União de três esportes que desafiam o corpo e a mente. Vontade de me superar em cada uma das modalidades.

Como é a sua rotina de treinamento? Quantas vezes por semana, quantas horas por dia? Como você fez a divisão dos esportes que pratica em cada dia?
Treino de segunda a sábado, divididos em segunda (natação e corrida) terça (pedal, musculação e natação) quarta (natação, corrida, os dois tiros) quinta (pedal, musculação e natação) sexta( musculação, corrida e natação) sábados (transição, os três).
Treino em média 4 horas ao dia, divididos em manhã e noite.

Em qual modalidade que você se considera mais forte? E mais fraca?
Modalidade mais forte: corrida; mais fraca: pedal.

Como você vê o triathlon no Brasil?
Fraco comparando mundialmente e com grandes oportunidades no feminino. O masculino é mais competitivo e com um melhor nível mundial.

Quantas provas você participa por mês?
Uma ou duas no máximo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

CORRIDA X FUMO

Benefícios da corrida:

• Recupera o fôlego e a capacidade física
• Ajuda a manter o peso ideal
• Muito mais saúde e disposição para o cotidiano
• Oxigena pulmões e sangue
• Alivia o estresse e a ansiedade
• Melhora o desemprenho profissional
• Melhora o desempenho sexual
• Desvia atenção do desejo de fumar
• Evita recaídas para voltar a fumar

A partir do instante que parar de fumar:

• Após 20 minutos: a pressão arterial e a pulsação voltam ao normal
• Após 2 horas: a nicotina não circula mais no sangue
• Após 8 horas: o nível de oxigênio no sangue se normaliza
• Após 2 dias: melhora do olfato para os odores e do paladar para o sabor
• Após 3 semanas: a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora
• Após 5 a 10 anos: o risco de infarto é igual ao de quem nunca fumou
• Após 20 anos: o risco de câncer de pulmão é igual ao de quem nunca fumou

Dicas para parar de fumar:

• Praticar atividades físicas prazerosas e esportes em vez de fumar
• Alertas pessoas próximas. Jogue fora maços, cinzeiros, isqueiros, fósforos
• Não desistir na primeira tentativa, mas se preparar para os primeiros dias
• Fumantes precisam de ajuda médica, tratamento químico e psicológico
• Cuidado com café, álcool, horários de fissura e companhia de fumantes
• Ter sempre por perto: água gelada, legumes e frutas cruas
• Escovar os dentes imediatamente após as refeições

Fonte: Revista O2 - #95 março/2011

sábado, 12 de março de 2011

Carnaval acabou...e agora?

Após o descanso (ou muita folia) no feriadão, você deve estar se olhando no espelho e pensando: comportei-me bem (nutricionalmente falando, claro! rsrs) e continuarei firme com minha dieta e treinos, com muita disposição e energia. PARABÉNS!!! Você já aprendeu quais são as melhores escolhas, sabe o valor disso, sabe fazer suas compensações e percebe quando vale à pena sair um pouco da dieta. Ou você está quase arrancando seus cabelos (para alguns homens, o que restam!) e um pouco desanimado para retomar a rotina alimentar e de treinamento de antes do feriado.

Se você optou pela folia gastronômica, primeiro: muita calma!!! Nem tudo está perdido e nunca é tarde pra Recomeçar. Retome com suas refeições equilibradas, pense em tomar logo cedo um belo suchá gelado destoxificante, à base de frutas como manga, limão, lima da Pérsia, associado com um chá gelado (já preparado com lasca de raiz de gengibre, canela, alguns cravos…) feito a partir de chá verde ou branco, salsaparrilha ou alcachofra com chá de quebra pedra. E não deixe de usar um cubo de gelo de couve, para dar uma otimizada na limpeza do fígado e melhorar o processo digestivo. Rico em vitaminas, sais minerais e compostos que ajudam a desintoxicar e desinchar, só não vale colocar açúcar ou adoçante no suchá!

Farinha de semente de linhaça dourada pode ser adicionada no feijão/lentilha na hora do almoço, sempre combinando com sua porção de arroz integral ou quinua. O prato, que ficará mais rico em fibras e gordura do tipo ômega-3, ajudará a varrer as toxinas acumuladas do período de orgia alimentar. Brócolis, couve flor, repolho (já experimentou repolho roxo com branco levemente refogado com cenoura ralada e uva passa escura?) e outras crucíferas ajudarão na limpeza do fígado também, além de serem boa fonte de fibras e de outros nutrientes importantes para garantir saúde do organismo como um todo.

Se você abusou demais das frituras nas praias ou pra onde quer que tenha ido, PARE tudo imediatamente e volte com seus grelhados, assados, cozidos, e evite os molhos e queijos gordurosos.

A sensação de inchaço pode ser corrigida tomando muita água ao longo do dia, e diminuindo a adição de sal às preparações. E lembre-se: sucos em pó, shoyo, sopas de saquinho, alguns tipos de comida congelada e refrigerantes (mesmo os light/diet/zero) podem carregar uma quantidade muito grande de sódio (mineral do sal que causa retenção de liquido e que, em excesso, leva á hipertensão, celulite, afeeee).

A privação do sono pode despencar seu sistema imune, levar à queda na performance física e mental, e ainda aumentar muito o apetite! Primeiro: corrija isso com boas horas de sono e capriche em temperos como alho, cebola e gengibre para manter sua imunidade, e tome um chá de camomila com passiflora antes de deitar.

Continue com seu fracionamento alimentar, mastigue muito bem os alimentos para garantir boa digestão e absorção de nutrientes e retome com otimismo à rotina alimentar e de exercícios.

E que a animação do feriado possa trazer mais otimismo para continuar firme com a dieta, focando sempre nos objetivos que você tem em mente.

Consulte sempre seu Nutricionista para uma orientação alimentar individualizada. Essas dicas não substituem uma consulta com o profissional que te acompanha, ok?

*Nutricionista paulistana formada em 2001, Priscila Di Ciero é especialista em nutrição esportiva, com cursos de extensão em nutrição funcional, estética e suplementação. É membro do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira. Atualmente, presta consultoria a restaurantes, escolas e empresas, além de atender em consultório e, quando necessário, nas residências dos clientes. Acesse o site: www.prisciladiciero.com.br

Por: O2 por Minuto - http://o2porminuto.uol.com.br/

quinta-feira, 3 de março de 2011

A grande questão sobre o glúten: adotar uma dieta livre de glúten ou não?

Ficar ou não sem glúten, eis a questão. Para muitas pessoas, esta parece ser a pergunta do momento. Todos nós já vimos artigos sobre dietas livres de glúten e flúten e, como nutricionistas do esporte, esta pergunta nos é feita a todo momento – eu deveria entrar em uma dieta livre de glúten? É mais saudável, meu desempenho melhorará, etc.?

Para algumas pessoas, um estilo de vida no qual se adota uma dieta livre de glúten é uma necessidade. Pessoas que possuem certa condição médica, alguns tipos de alergias, uma intolerância, ou alguma outra condição que o impeça de comer glúten obviamente necessitam evitá-lo para permanecerem saudáveis ou evitar desconfortos. Entretanto, a adoção de uma alimentação sem glúten foi estabelecido por alguns como uma opção mais saudável, ou uma solução para perder peso, e isto tem levado muitas pessoas a tentarem a adotar este estilo de vida. As grandes questões são se adotar um estilo de vida sem glúten é, de fato, mais saudável; se é um plano de nutrição eficaz para um atleta ; e se é um meio eficaz para se perder peso.

Como em diversos tópicos sobre nutrição humana, a resposta é simultaneamente sim e não. No entanto, o aumento da popularidade de estilos de vida livres de glúten foi ótimo para pessoas que possuem razões médicas para evitá-lo; a variedade, disponibilidade, e criatividade de alimentos sem glúten aumentou drasticamente nos últimos anos.
Tópicos a serem considerados sobre adotar uma dieta sem glúten:
(Antes de continuarmos, deixe-nos agregar outra vez que tudo o que será dito a seguir está escrito no contexto de a pessoa não possuir qualquer tipo de condição médica que a impeça de consumir glúten)

1. Seguir uma dieta livre de glúten, apesar de estar se tornando mais fácil, ainda é uma tarefa difícil que requer uma preparação pensada, principalmente no momento da compra de alimentos nos mercados e do consumo de refeições nos restaurantes. Pelo lado positivo, quanto mais você pensa sobre o que está comendo, mais provável será que você faça escolhas que são melhores para a sua saúde e desempenho. Frequentemente, as piores opções de comida são as que fazemos sem pensar. Por outro lado, a variedade é uma das principais formas que garante o consumo de todos os nutrientes que precisamos. A prática de dietas restritivas pode (não sempre, mas especialmente quando estamos ocupados) levar as pessoas a estreitar o consumo de alimentos a fontes relativamente pequenas.

2. O custo. Produtos e proteínas (carne, peixe, etc.) não custarão mais do que o habitual, mas alimentos preparados sem glúten tendem a ser mais caros do que os respectivos que contém glúten. Se você não precisa consumir alimentos sem glúten devido a razões médicas, vale a pena o custo adicional? Bom, se você for cuidadoso e olhar os ingredientes, muitos produtos sem glúten usam ingredientes que você talvez não devesse incluir na sua dieta. Isto pode na verdade aumentar a variedade de nutrientes que você consome. Trigo (glúten) é barato e fácil de ser utilizado, razão pela qual não se vê muitas marcas de barganha tornando-se livres de glúten. E não há uma desvantagem real aqui; se você estiver disposto e apto a comprar produtos sem glúten e isto não atrapalhar a sua habilidade de também comprar produtos e proteínas de alta qualidade, então é o seu dinheiro – faça o que quiser com ele.

3. A pesquisa. Ainda temos que ver alguma evidência conclusiva que mostre que dietas livres de glúten são benéficas para qualquer pessoa que não possui uma condição específica que requer uma dieta especial. Ouvimos relatos anedóticos sobre o efeito anti-inflamatório por exemplo, mas as gorduras ômega-3 também possuem este efeito. Você precisa das duas? Você consegue medir o impacto de cada? Algumas pessoas dizem que se “sentem” melhor, o que é bom, mas quanto disso se deve à falta de glúten comparado com o provável aumento do consumo de frutas, vegetais e proteínas magras?

4. É o glúten ou alguma coisa mais universal sobre as suas escolhas de comida? Similarmente ao último ponto, aqueles de nós que decidem adotar uma dieta livre de glúten frequentemente alegam obter ótimos benefícios relacionados à saúde, entretanto, mais uma vez nós ainda devemos ver evidências empíricas convincentes que mostrem que evitar grãos ativamente é realmente melhor para nós do que simplesmente realizar melhores escolhas de alimentos em todo o espectro de nutrientes. Geralmente, quando nos tornamos mais conscientes sobre a nossa dieta nós fazemos melhores escolhas e moderamos nosso consumo calórico, tornando-nos mais saudáveis. Na nossa experiência, atletas que vão de comer tudo para vegetarianos, pescatarian, livre de glúten, ou vegan delatam a mesma sensação de se sentir mais saudável e frequentemente perdem peso. Mas nós vimos de pouca a nenhuma diferença nas respostas dos atletas que estão transitando para qualquer padrão de alimentação particular.

Nós já podemos sentir o debate se formando, mas o nosso objetivo é simplesmente te encorajar a pensar mais compreensivamente sobre estilos de vida livres de glúten para atletas que não possuem uma razão médica para evita-lo. É um estilo de vida popular no momento, mas ainda não está claro se é melhor do que um estilo de vida onívoro que é moderado com relação ao consumo calórico, apresenta uma ampla variedade de escolhas alimentares, e um balanço consciente de vários grupos de comida.

Então, o que dizemos aos atletas que nos perguntam se devem adotar uma dieta sem glúten? Nós discutimos os pontos acima e depois sugerimos que tentem por 4 semanas (preferivelmente durante um período base de treinamento endurance, ou seja, longe de uma corrida). Nós não pensamos que é prejudicial, e só o fato de ter que pensar mais sobre o que você está comendo pode ser positivo para muitas pessoas, então não há realmente nada a perder. Se você achar a dieta muito restritiva ou descobrir que você não se sente diferente e que não viu diferença no seu desempenho, você pode simplesmente voltar a comer glúten.

Ryan Kohler é um técnico Senior da Carmichael Training Systems, possui o Masters of Science in Sports Nutrition, e está estudando para se tornar Registered Dietitian. Jim Rutberg é um Pro Coach for Carmichael Training Systems e co-autor de sete livros sobre treinamento e nutrição no esporte, incluindo o “Chris Carmichael’s Food for Fitness”.

Artigo original: http://www.trainrightblog.com/2011/02/27/the-great-gluten-question-to-go-gluten-free-or-not/

Meia Maratona Internacional de São Paulo - Por Camila Roma

Gostaria de dividir com meus amigos corredores e triatletas minha feliz despedida momentânea das pistas.

Durante treinos para maratonas em 2010 passei fases de monotonia e solidão. Ciente de que precisava treinar muito para realizar um sonho importante de correr a maratona em NY e privilegiadamente ser recebida na chegada pela minha família, abri mão da convivência de muitas pessoas e vida social. E foi então que decidi buscar um novo desafio, e por recomendações médicas o desgaste de 2 maratonas por ano seria muito grande para minha idade, e partir para as ultramaratonas seria ainda pior.

Tudo foi se encaixando no início de 2011 quando um grande amigo da academia e ex aluno da Race me apresentou para Ricardo e recebi o inesperado convite para fazer parte da família Race. Apenas permanecia a dúvida se continuaria das pistas ou não. Decidi então me inscrever para a Meia Maratona como um teste, para sentir como seria conciliar os treinos longos com os novos desafios. E não foi nada fácil, pensei em abrir mão da prova, mas sabia que precisava fechar um ciclo.

Ansiosa para a despedida fui a primeira aluna a chegar na tenda. As 6:30 da manhã o sol já brilhava. E logo vieram os questionamentos: por que não estou rodando na piscina? Por que não estou pedalando com o pessoal na estrada? Empolgada com as novidades antes do alongamento com a nova família fui falar um “oi” com o coração apertado para meus antigos companheiros de treino e para o pessoal da ADD, o qual tive a feliz oportunidade de conhecer durante minhas provas como guia de PNEs e estes jamais deixarei de acompanhar, mas foi estranho pensar em abandonar tudo aquilo.

Pensativa a caminho da largada cruzei muitos amigos, aqueles com quem comecei a correr há alguns anos, alguns com quem treinava até ano passado, e para minha alegria cruzei um maratonista que conheci em NY quando fora receber sua medalha comemorativa por ser o primeiro sul-americano a correr nos 7 continentes. Assumo que nessa hora lembrei de todas as histórias de provas e fotos sensacionais pelo mundo que ele havia me mostrado e por minutos pensei em desistir da minha decisão, o cara é um exemplo, convenceria facilmente qualquer corredor a fazer maratonas.

O sol já fervia. Foram quase 10 minutos para cruzar a largada, era um mar de corredores e para minha surpresa muitos deles estavam ali para a meia maratona. As ruas foram tomadas por corredores, o clima festivo estava dentro de mim, e para não me sentir triste eu corria pensando que aquilo era apenas 1/3 do meu objetivo. Foi leve, light, comecei no ritmo de 6:30, mas logo no início fui “empurrada” por uma amiga querida e estabelecemos a meta de 5:45/km. E deu certo! Apesar das dores dos treinos nas outras modalidades que sentia pela primeira vez e do meu maior inimigo sol concluímos a prova em 2:08, 10mits abaixo em relação a 2010. E assim encerrei um ciclo para me jogar de vez no novo desafio do triathlon, senti que a corrida é um obstáculo que posso vencer com segurança, cautela e principalmente sem lesões desde de que tenha dedicação e respeito às minhas limitações.

Agradeço o apoio de todos os treinadores que acreditam que posso realizar o sonho de fazer triathlon, os meninos que me receberam muito bem na tenda sem nem me conhecer praticamente e muito menos sem saber meu propósito nesta prova e ao Ricardo que me incentiva desde o primeiro treino. Não sei quando voltarei a fazer provas longas de corrida, mas com toda certeza sei que posso contar com o apoio desta família independente da minha escolha.

Camilinha